Cidade na Alemanha armazena corpos de vítimas da covid-19 em contêineres
Com necrotérios e hospitais lotados, a cidade alemã de Hanau, perto de Frankfourt, está armazenando os corpos de vítimas da covid-19 em contêineres.
A Alemanha vive um momento de alta nos casos da doença e e na última quarta-feira iniciou novas restrições para tentar controlar as transmissões.
Os contênires tem capacidade para armazenar 25 corpos, que ficarão nesses locais temporariamente, até que haja espaços nos necrotérios e hospitais.
"Se uma pessoa morre e não há lugar na clínica, eles vêm aqui e ficam um pouco, até que o falecido seja levado para uma final lugar de descanso, por exemplo aqui no cemitério", disse Alexandra Kinski, chefe dos cemitérios e crematórios de Hanau, à Sky News.
Segundo números do Instituto Robert Koch da Alemanha, agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças, ontem foram confirmados mais 33.777 casos da doença, elevando o total para 1.439.938 de casos. Quantos às mortes, elas somam 24.938. Na última quarta-feira o país chegou a um número recorde de mortos desde o início da pandemia. Foram 910 mortes em 24 horas, segundo a Universidade Johns Hopkins.
No mesmo dia, os alemães retomaram o confinamento parcial, que recorda as medidas aplicadas durante várias semanas na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), com o fechamento das escolas e dos estabelecimentos comerciais não essenciais.
As autoridades desejam aplicar pelo menos até 10 de janeiro o princípio 'fique em casa' em todo o país, de acordo com o texto da resolução aprovada no domingo em uma reunião entre a chanceler Angela Merkel e os governantes dos 16 estados regionais.
Os contatos sociais serão muito restritos entre 24 e 26 de dezembro. As reuniões serão autorizadas apenas entre parentes muito próximos.
As celebrações de Ano Novo serão reduzidas ao mínimo, com a proibição das vendas de fogos de artifício e das reuniões. As medidas têm o objetivo de evitar o colapso do sistema hospitalar.
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