Rússia utiliza músicas do Slipknot e Abba como tortura, diz ex-prisioneiro
Colaboração para o UOL
25/09/2022 10h29Atualizada em 26/09/2022 08h05
O soldado britânico Shaun Pinner, que lutou ao lado das forças da Ucrânia durante a guerra contra a Rússia, revelou ao jornal The Sun que as tropas russas utilizaram músicas da banda de heavy metal Slipknot e do grupo pop Abba como tortura durante sua prisão.
A reportagem, publicada ontem, diz que o homem de 48 anos teve que ouvir o hit pop "Mamma Mia" repetidamente por 24h durante as sessões de tortura. Ele sobreviveu à base de pão velho e água suja.
"Eu nunca mais quero ouvir outra música do Abba. Eu os odiava de qualquer maneira, então era realmente uma tortura", disse o britânico.
Pinner é casado com uma ucraniana. Após a invasão da Rússia em fevereiro deste ano, ele viajou para a região de Donbass e lutou contra separatistas pró-Moscou. Tendo servido anteriormente ao Reino Unido, ele estava no exército ucraniano como soldado contratado.
O britânico foi capturado em abril durante um cerco em Mariupol. "Eu sabia que era ruim, então liguei para minha esposa e dei a ela minha mensagem de morte. Mas ela nem chorou".
Condenados à morte
De acordo com a reportagem do The Sun, Shaun Pinner e seu colega, também britânico, Aiden Aslin, foram condenados à morte em junho como mercenários por um tribunal simulado. Ele, então, transferido para uma prisão diferente.
"As condições eram melhores, mas eles ainda tocavam música - e desta vez foi 'Believe', da Cher", conta.
Na semana passada, o soldado britânico foi liberado após uma troca de prisioneiros intermediada pelo bilionário russo Roman Abramovich.
Pinner, que é torcedor do West Ham, disse que conversou com o ex-proprietário do Chelsea. "Tiramos uma foto com ele e perguntei por que ele não comprou o West Ham. Ele disse porque o Chelsea era mais perto de sua casa. Ele realmente salvou minha vida".