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Putin decreta 10 anos de prisão para soldado que recusar lutar na guerra

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou punição para soldado que se recusar a lutar - Sputnik/Pavel Bednyakov/Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou punição para soldado que se recusar a lutar Imagem: Sputnik/Pavel Bednyakov/Reuters

Em Moscou

24/09/2022 13h16Atualizada em 24/09/2022 21h54

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje um pacote de emendas ao código penal relativo ao serviço militar. A nova lei diz que a deserção dos soldados russos ou o não comparecimento ao serviço militar é punível com pena de prisão de cinco a 10 anos, assim para aqueles que voluntariamente se renderem ao inimigo.

Além disso, estão previstos 15 anos de prisão por deserção durante a mobilização ou lei marcial, segundo a agência Tass.

A alteração na legislação já havia sido aprovada pelo Parlamento russo durante a última semana e ocorre poucos dias após a Rússia anunciar uma mobilização parcial de reservistas para combater na Ucrânia.

Mais cedo, Moscou também informou a substituição de seu mais alto comandante militar para questões logísticas, o general do Exército Dmitry Bulgakov. Ele foi dispensado de suas funções como vice-ministro da Defesa e substituído pelo general Mikhail Mizintsev.

A medida foi divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência estatal Interfax.

Mizintsev será "responsável pelo material e suprimentos técnicos das forças armadas", enquanto a Rússia está no meio da campanha de mobilização, diz a nota, acrescentando que "Bulgakov foi transferido para um novo posto".

Segundo a imprensa ucraniana, Mizintsev foi apelidado de "o açougueiro de Mariupol" pelos ataques devastadores à cidade ucraniana e pelo comportamento brutal contra a população civil durante a ofensiva. O general, inclusive, foi atingido pelas sanções ocidentais nos últimos meses. (ANSA).