Barata gigante considerada extinta é encontrada em ilha australiana
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Sydney encontrou uma família de baratas gigantes, consideradas extintas, durante uma expedição no arquipélago das Ilhas Lord Howe, na Austrália. O estudante de biologia Maxim Adams foi o responsável pela descoberta.
A barata (Panesthia lata) se alimenta de madeira e desempenha um papel de "engenheira de ecossistema" na ilha. A espécie foi vista pela última vez há mais de 80 anos.
Segundo pesquisadores, a barata foi extinta depois que ratos foram levados à ilha em 1918.
O professor Nathan Lo, que lidera a equipe de pesquisa, diz que um grande programa de erradicação de roedores na ilha Lord Howe em 2019 foi tão bem-sucedido que sua equipe investigava a possibilidade de introduzir uma população de baratas nas ilhas externas de Lord Howe.
"A equipe deveria ir para a Ilha Blackburn para estudar as baratas lá, mas o tempo estava muito ruim e eles foram forçados a ficar em Lord Howe", explicou o professor Lo. "Na primeira rocha em que olharam, encontraram baratas, o que é muito estranho, pois os entomologistas procuram a ilha há muitas décadas e não viram nenhuma."
A família de baratas estava sob uma figueira.
"Nos primeiros 10 segundos, pensei: 'não, não pode ser'", disse o estudante Maxim Adams, que encontrou as baratas. "Estávamos fazendo um breve levantamento de Lord Howe basicamente para confirmar sua extinção e na primeira rocha que olhamos lá estava. Foi realmente inacreditável."
Atticus Fleming, presidente do conselho de Lord Howe Island, descreveu a descoberta como emocionante.
"A Ilha Lord Howe é realmente um lugar espetacular. É mais antiga que as Ilhas Galápagos e abriga 1.600 espécies de invertebrados nativos, metade dos quais não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo", disse ele.
Papel das baratas gigantes. O professor Lo diz que as baratas nativas que se alimentam de madeira desempenharam um importante papel ambiental.
"Eles são recicladores de nutrientes incrivelmente importantes, engenheiros de ecossistemas e como fonte de alimento para outras espécies", disse o professor Lo.
Ele defende que a espécie não seja comparada a "baratas de rua comuns".
"(O inseto) não tem cheiro, não corre muito rápido, não é assustador. Na verdade, é bastante carismático, você pode segurá-lo na mão", disse ele. "Ele fica na floresta. Não entra na casa das pessoas. Fica na floresta reciclando a madeira e o lixo, para manter a floresta saudável."
"Esperamos estudar seu habitat, comportamentos e genética para aprender mais sobre como eles conseguiram sobreviver", acrescentou o professor Lo.
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