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Supertufão Saola deixa rastro de destruição na China; uma pessoa morreu

Homem observa árvore caída após a passagem do tufão Saola por Hong Kong Imagem: Tyrone Siu /Reuters

Do UOL, em São Paulo*

02/09/2023 03h40

O supertufão Saola atingiu a província de Guangdong, no sul da China, na manhã de hoje. Ventos fortes paralisaram as atividades em Shenzhen, Hong Kong e Macau, deixando pelo menos um morto e um rastro de destruição e inundações em muitas áreas.

O que aconteceu

  • Uma pessoa morreu em Shenzhen depois que uma árvore caiu e atingiu seu veículo, informou a mídia local.
  • O ciclone resultou na evacuação de mais de 880 mil pessoas em duas províncias chinesas, em centenas de voos cancelados e em árvores arrancadas nas ruas desertas de Hong Kong, onde o início do ano letivo foi adiado. Fortes chuvas e inundações afetaram a região.
  • O Centro Meteorológico Nacional da China projetou que Saola poderia se tornar o tufão "mais potente" a atingir o delta do rio das Pérolas desde 1949. Essa região chinesa de planícies inclui Hong Kong, Guangdong, Shenzhen e Macau.
  • O observatório de Hong Kong havia alertado para rajadas de até 220km/h e recomendou que os moradores não saíssem de casa e se mantivessem longe de portas e janelas que estiverem expostas.

Risco de inundações graves

As ruas de Hong Kong amanheceram na sexta-feira quase desertas, e os comerciantes tentaram proteger suas lojas, colocando fita adesiva em vitrines e janelas. Segundo os moradores, comida congelada e vegetais se esgotaram nos supermercados.

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No centro financeiro internacional, a sessão da bolsa foi suspensa, e as escolas adiaram o início do ano letivo. "Espero que possamos proteger as ferramentas necessárias para o nosso negócio, como as geladeiras. Nós as colocamos em lugares mais altos para que a água não danificasse os eletrodomésticos", disse o gerente de um restaurante que se identificou como Lee, em entrevista à emissora de televisão local.

Em outra margem do delta do Rio das Pérolas, Macau, conhecida por seus cassinos, emitiu seu terceiro alerta de tufão mais grave, na metade da tarde.

Em Shenzhen, cidade de 17,7 milhões de habitantes na China continental, foi decretada a suspensão da atividade laboral, o fechamento do comércio a partir das 16h locais (5h no horário de Brasília) e, três horas depois, dos transportes públicos.

A província de Guangdong suspendeu os trens até a noite de sábado, e a agência de emergência responsável pela resposta ao risco de inundações elevou o nível de alerta para o segundo mais elevado.

"Isso irá afetar nossas vidas", disse Wu Wenlai, 43 anos, que dirige um restaurante em um subúrbio de Shenzhen, que precisou fechar. "As correm para estocar alimentos de última hora", contou Lu Yiming, dono de uma loja nessa cidade, um importante polo de tecnologia.

Tufões mais intensos

As mudanças climáticas aumentaram a intensidade das tempestades tropicais, com chuvas e rajadas ainda mais fortes, que provocam inundações repentinas e danos às regiões costeiras, afirmam cientistas.

O Saola obrigou milhares de pessoas a abandonar suas casas durante sua passagem pelo norte das Filipinas nesta semana, mas não foram reportadas vítimas.

O sul da China é afetado com frequência, no verão e outono locais, por tufões que se formam nas águas quentes ao leste das Filipinas e avançam em direção ao oeste.

Embora possam causar perturbações em cidades como Hong Kong, as mortes são raras, devido aos avanços nos métodos de construção e nos sistemas de gestão de inundações.

(* com informações da Reuters e da AFP)

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