Brasileira na Palestina: 'Povo palestino não quer o sangue de inocentes'
Colaboração para o UOL, em São Paulo
09/10/2023 20h01
O povo palestino não deseja que o sangue de pessoas inocentes seja derramado, afirmou a historiadora brasileira Ruayda Rabah, que mora na Palestina, em entrevista ao UOL News desta segunda-feira (9).
Ninguém nesse mundo deseja que sangue de pessoas inocentes seja derramado, em especial o povo palestino porque ele sabe o que significa isso. Mas infelizmente os olhares não estão voltados para a causa palestina como deveriam estar voltados. Nós precisamos de atitudes concretas.
Para Ruayda, a situação vivida pelo povo palestino não é passada para o Ocidente.
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Claro que [a guerra] não é o que se deseja. O que se deseja é que haja uma desocupação do território Palestino, algo que deveria já ter acontecido e ser forçado mediante o respeito de todas as resoluções da ONU, todos os direitos que o povo palestino tem. Um deles, inclusive, é o de se defender da ocupação e de ataques de Israel.
Sakamoto: Bloqueio a Gaza leva hospitais ao colapso e aumento de mortos, diz entidade
O bloqueio que Israel faz à Faixa de Gaza pode levar hospitais ao colapso e ao aumento no número de mortos, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News. Sakamoto disse que conversou com pessoas que atuam na área da saúde e entidades da região e todos afirmaram estar preocupados com a situação.
O aprofundamento desse cerco, o bloqueio e fechamento das passagens entre Gaza e Israel, além de bloquear entrada de alimentos, produtos, pessoas, também bloqueou a entrada de medicamentos, insumos hospitalares, combustíveis que são usados para geradores, lembrando que o fornecimento de energia elétrica a partir de Israel também foi cortado.
Sakamoto diz ter ouvido relatos de muitas pessoas chegando a hospitais com ferimentos graves ou até mesmo mutiladas e se deparando, muitas vezes, com salas de cirurgia sem energia elétrica.
Uma pessoa que conversou comigo falou: 'estamos com 4 horas de energia elétrica por dia, tentamos operar nesses momentos, mas os feridos não podem esperar'. Está tendo um apelo para que Israel abra para medicamentos e combustível.
O colunista do UOL ainda afirmou que, segundo especialistas, caso Israel não ceda, poderá estar cometendo crime de guerra.
Teremos uma catástrofe humanitária ou, nas palavras de outro especialista que a gente conversou, pode até ser considerado crime de guerra porque Gaza depende totalmente desse fluxo.
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