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Senadores aumentam próprio salário em 170% na Argentina; Milei reage

Javier Milei, presidente da Argentina Imagem: Agustin Marcarian - 2.abr.2024/Reuters

Colaboração para o UOL*, em São Paulo

19/04/2024 18h45

Os senadores da Argentina aprovaram na quinta-feira (18) aumento de 170% no próprio salário e também um bônus de Natal, em meio à crise econômica vivenciada pelo país.

O que aconteceu

Aprovação do aumento ocorreu no final de uma sessão ordinária e durou menos de dois minutos. A partir de maio, o salário bruto de cada um dos 72 senadores passará para cerca de 4 milhões de pesos argentinos líquidos (aproximadamente R$ 24 mil). Em contrapartida, o salário mínimo na Argentina beira os 200 mil pesos (R$ 1.200).

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Medida teve aval da vice-presidente de Javier Milei, Victoria Villarruel, que também preside o Senado, segundo informações do jornal Clarín. Em seu perfil no X, Villarruel justificou que "não tinha ferramentas para parar a votação" e ressaltou que "como presidente do Senado, não sou senadora, não recebo do Senado e não posso interferir nessas decisões".

Votação ocorreu por meio de levantamento de mão, sem registro eletrônico. Senadores da base do governo que durante a campanha endossaram o discurso de crítica à "casta política" votaram a favor dos reajustes, de acordo com o Clarín.

Javier Milei reagiu em postagens no X. O presidente argentino criticou os senadores e disse que "os únicos que votaram contra" foram os sete parlamentares de seu partido, o Liberdade Avança. Ele também postou uma foto de ratos vestidos de traje social em suposta alusão aos senadores.

Milei também aumentou próprio salário, mas recuou. Em março, o presidente reajustou seus vencimentos em 50%, foi criticado e voltou atrás dias depois.

A Argentina vivencia uma crise econômica com a inflação alta. De acordo com o jornal El País, mais da metade dos 46 milhões de argentinos estão abaixo da linha da pobreza.

*Com informações da AFP

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