Israel mata 45 em campo da ONU na Faixa de Gaza; Hamas ataca Tel Aviv
Daniela Fernandes
27/05/2024 09h16
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1. Ataque de Israel a acampamento da ONU deixa pelo menos 45 mortos. Israel realizou um ataque aéreo perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que atingiu o campo de Barkasat, administrado pela agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA. Segundo a defesa civil do território, além dos 45 mortos, há quase 250 feridos até o momento. O exército israelense afirma ter visado um complexo do Hamas e que a operação matou dois líderes do movimento que atuavam na Cisjordânia. Pouco antes, o Hamas havia disparado pelo menos oito mísseis contra Tel Aviv, segundo as forças israelenses. Não houve grandes danos, já que boa parte deles foi interceptada. A Corte Internacional de Justiça da ONU ordenou que Israel interrompa as operações militares em Rafah, mas o tribunal não tem meios de obrigar o cumprimento da decisão.
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2. Mais de 2 mil pessoas são soterradas em avalanche na Papua Nova Guiné. A informação é do Centro Nacional de Desastres da ilha que fica no Pacífico. Uma agência da ONU havia estimado o número de mortos e desaparecidos em quase 700, mas autoridades alertaram que muito mais vítimas devem estar sob os escombros. O deslizamento atingiu uma aldeia na madrugada de sexta-feira, enquanto a maior parte das pessoas dormia. O vilarejo, que fica em uma área remota, desapareceu sob uma montanha de lama e pedras. A situação permanece instável porque a encosta do morro que desabou continua deslizando lentamente e representa um perigo para os socorristas e sobreviventes que estão soterrados. A localização afastada da aldeia dificulta a chegada de equipamento para trabalhar nos resgates.
3. EUA devem suspender proibição de venda de armas para a Arábia Saudita. A informação é do jornal Financial Times, que cita fontes ligadas ao caso. A Arábia Saudita era um grande comprador de armas americanas e a decisão representa uma guinada do governo dos EUA. O presidente Joe Biden havia criticado, em 2021, a ofensiva militar da Arábia Saudita contra os houthis do Iêmen e também a morte de um jornalista saudita no consulado do país na Turquia. O secretário de estado americano, Anthony Blinken, declarou que os EUA e a Arábia Saudita estão prestes a concluir um acordo de cooperação nas áreas de energia nuclear, segurança e defesa, no contexto da normalização das relações entre Riad e Israel.
4. Venezuela enfrenta nova onda de escassez de gasolina. Embora o país tenha grandes reservas de petróleo, há graves deficiências no setor. A falta de manutenção da infraestrutura da estatal PDVSA levou à queda na produção. A retomada das sanções americanas sobre a indústria petrolífera do país reverteu os ganhos de produção obtidos nos últimos meses. O jornal El País afirma que há falta de gasolina em várias localidades do país. Um cargueiro proveniente do Irã se atrasou na entrega do combustível provocando o desabastecimento. Embora a Venezuela tenha recuperado parte de sua produção de petróleo e derivados, o país não consegue abastecer seu mercado interno.
5. Mais de 300 milhões de menores sofrem abuso sexual na internet. Segundo uma pesquisa da Universidade de Edimburgo, um em cada oito menores no mundo foi vítima de captura, troca e exposição de imagens sexuais e vídeos no último ano. O estudo afirma ainda que houve um número similar de solicitações de sexo pela internet por parte de adultos e também de jovens. Os crimes vão de chantagens para exigir dinheiro das vítimas em troca da não publicação de imagens íntimas ao uso da Inteligência Artificial para criar fotos e vídeos manipulados. O problema tem alcance mundial, mas a pesquisa indica que nos Estados Unidos há maior risco de abusos desse tipo. O estudo foi publicado após a polícia britânica ter alertado que adolescentes do país são alvo de golpes de extorsão na internet com imagens sexuais, cometidos por quadrilhas da África e da Ásia.
Deu no Financial Times: "O que as companhias aéreas podem fazer sobre a perigosa turbulência invisível". A forte turbulência em um voo da Singapura Airlines na semana passada, que causou a morte de um passageiro e deixou várias pessoas hospitalizadas, algumas necessitando cirurgias, é algo que tem se tornado mais frequente, afirmam cientistas, por causa das mudanças climáticas. Diferentemente das tempestades que aparecem nos radares e podem ser evitadas em voo, as turbulências em céu claro são invisíveis e mais perigosas, escreve o jornal. Para enfrentar o problema, 15 companhias aéreas, incluindo EasyJet, United Airlines e Qatar Airways, estão testando o uso de dados atmosféricos captados por sensores para tentar mapear esse tipo de turbulência em tempo real e prever com mais precisão onde isso poderá ocorrer. As companhias também estão conscientes da necessidade de mudar as regras dos cintos de segurança, especialmente em altas altitudes. Leia mais.