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Califórnia entra em estado de emergência após caso grave de gripe aviária

Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo

do UOL

19/12/2024 09h24

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A Califórnia decretou estado de emergência após o anúncio do primeiro caso grave de gripe aviária causada pelo vírus H5N1 em uma pessoa nos Estados Unidos. O paciente, do estado da Louisiana, "sofre uma enfermidade respiratória grave e está hospitalizado em estado crítico", disse o departamento estadual de saúde, em nota.

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Esse é o 61º caso do atual surto da doença nos EUA, mas os outros pacientes sofreram apenas sintomas leves. No entanto, exames revelaram que o genótipo do vírus H5N1 do paciente da Louisiana é o D1.1, diferente do B3.13, responsável pela maior parte dos casos anteriores.

No mês passado, um adolescente do Canadá também foi hospitalizado por um caso grave de gripe aviária. Autoridades de saúde dos EUA dizem que ainda não é possível afirmar se há transmissão de pessoa para pessoa.

Fed esfria os mercados

O banco central americano reduziu ontem sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,5%. O Fed também indicou que fará apenas duas reduções, também de 0,25 ponto cada, em 2025 e não as quatro previstas anteriormente. O banco revisou sua expectativa de inflação de 2,1% para 2,5% no ano que vem, o primeiro da futura administração Donald Trump. A previsão está acima da meta de 2%, que, segundo o comunicado do banco, só deve ser atingida em 2026.

Com juros elevados nos EUA, os investidores tendem a colocar mais dinheiro em títulos da dívida americana, enfraquecendo outros ativos. Os anúncios tiveram impacto nos mercados de todo o mundo. O principal índice da Bolsa de Nova York, o S&P 500, caiu quase 3%. No Brasil, a notícia colaborou para a alta do dólar, que chegou a R$ 6,26, e para a queda do Ibovespa, da bolsa de São Paulo, que teve desvalorização de 3,15%.

França condena 51 por estupro coletivo

A Justiça da França condenou hoje Dominique Pelicot, 72, à pena máxima de 20 anos de prisão por drogar durante uma década sua então esposa Gisèle e estuprá-la, juntamente com dezenas de desconhecidos. Os demais 50 réus do caso também foram condenados.

A decisão foi proferida em um tribunal lotado na cidade de Avignon, no sul da França. O caso chocou o país e teve grande repercussão internacional. Segundo o jornal New York Times, o crime levantou discussões profundas sobre a cultura do estupro e a masculinidade tóxica e transformou Gisèle Pelicot em uma heroína feminista.

"Genocídio" em Gaza

A ONG Human Rights Watch afirmou em um relatório publicado hoje que Israel comete "atos de genocídio" na Faixa de Gaza, ao restringir o acesso da população à água. "As autoridades israelenses criaram deliberadamente condições de vida que buscam causar a destruição de uma parte da população de Gaza", diz o relatório da HRW. "Ao fazer isto, são responsáveis pelo crime contra a humanidade de extermínio e por atos de genocídio", afirma a ONG.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel respondeu em comunicado que a "Human Rights Watch está divulgando seus libelos de sangue para promover sua propaganda anti-Israel". Na semana retrasada, a Anistia Internacional, a outra das duas mais influentes ONGs de direitos humanos do mundo, afirmou que havia "provas suficientes" para crer que as ações de Israel em Gaza são equivalentes a genocídio.

Segundo o Ministério da Saúde local, mais de 45 mil palestinos foram mortos na atual ofensiva israelense. A ação teve início após o ataque do grupo palestino Hamas a Israel, que deixou mais de 1,2 mil mortos em outubro do ano passado.

Sarkozy de tornozeleira

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy terá de usar tornozeleira eletrônica durante um ano. A medida foi imposta pela Justiça da França após a rejeição de um recurso contra a sua condenação por corrupção e tráfico de influência em 2021. Sarkozy, no entanto, foi poupado da pena de detenção. Seu advogado disse que ainda recorrerá à Corte Europeia de Direitos Humanos.

Na sentença original, Sarkozy havia sido condenado a três anos de prisão, pena depois reduzida para dois anos. O ex-presidente foi acusado de usar notas frias para esconder gastos com a campanha eleitoral de 2012 que superaram o limite legal e de tentar subornar um juiz para que ele influenciasse o julgamento da denúncia. Sarkozy sempre negou.

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