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México elege Claudia Sheinbaum, a primeira mulher presidente do país

Imagem: Francisco Cañedo/Xinhua

Daniela Fernandes

03/06/2024 09h25

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1. México faz história e elege primeira mulher presidente. Claudia Sheinbaum, aliada do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, venceu com ampla margem, segundo projeções oficiais. A contagem preliminar do Instituto Nacional Eleitoral estima que ela teria obtido mais de 58% dos votos. Se confirmado o resultado, Sheinbaum, ex-prefeita da cidade do México, será a presidente eleita com mais votos na história do país. A conservadora indígena Xóchitl Gálvez ficou em segundo lugar com cerca de 26%. Com a economia mexicana estável e uma das taxas de desemprego mais baixas da América Latina, após o país se tornar o principal exportador para os EUA, um dos principais desafios de Sheinbaum será lidar com a escalada da violência ligada ao narcotráfico.

2. Itamaraty condena ataque no Líbano que feriu família brasileira. Em nota, o ministério das Relações Exteriores manifesta "indignação" e relaciona o bombardeio ao conflito entre Israel e o grupo Hezbollah no Líbano, intensificado após o início da guerra na Faixa de Gaza. A casa da brasileira Fatima Boustani em Saddikinie, a cerca de 100 km de Beirute, foi destruída em um ataque aéreo no sábado. Fatima foi gravemente atingida na cabeça e teve de ser operada. Seu estado é estável, de acordo com parentes. Dois de seus filhos também ficaram feridos e seguem hospitalizados.

3. Partido de Mandela sofre perda histórica e dependerá de coalizão para continuar no poder. O Congresso Nacional Africano (CNA) que governa desde a eleição de Nelson Mandela, em 1994, obteve apenas 40% dos votos, perdendo 71 cadeiras no parlamento. O partido tem duas semanas para tentar formar uma aliança. Há riscos do atual presidente, Cyril Ramaphosa, perder o cargo, já que o chefe de Estado é escolhido pelos deputados. Altos índices de desemprego, desigualdade social, problemas de escassez de energia e corrupção levaram ao declínio do CNA.

4. El Niño atual se aproxima do fim. A Organização Meteorológica Mundial alerta que, apesar de o fenômeno, que atingiu seu apogeu em dezembro, estar se encerrando, isso não significa uma pausa nas mudanças climáticas a longo prazo. A OMM afirma que as temperaturas do planeta continuarão aumentando devido aos gases de efeito estufa. Segundo a organização, essa temporada do El Niño é uma das cinco mais fortes que já ocorreram. Ela provocou eventos extremos no mundo, entre eles as inundações no Rio Grande do Sul e em Dubai, além de secas na Indonésia e nas Filipinas.

A parte histórica da cidade de Heidelberg foi inundada pela enchente do rio Neckar, no sudoeste da Alemanha, que está cerca de 3 metros acima do nível normal. As enchentes no país já tiraram mais de 3 mil pessoas de suas casas. Imagem: Daniel Roland/AFP

5. Opep prorroga cortes de produção até o final de 2025. O cartel dos principais produtores de petróleo e seus aliados, liderados pela Rússia, mantém a estratégia de redução da oferta adotada em 2022 para sustentar os preços, alegando incertezas econômicas e políticas. O nível de produção será o mesmo até dezembro do próximo ano, mas oito países - entre eles Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Rússia - decidiram prorrogar suas reduções adicionais, que vão além do nível fixado pela aliança, até setembro de 2025. A redução conjunta representa dois milhões de barris por dia. Com os cortes voluntários adotados por alguns membros, a redução chega a seis milhões de barris diários.

Deu no The New York Times: "Netanyahu enfrenta a difícil escolha entre uma trégua em Gaza e a sobrevivência de seu governo". O jornal afirma que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, foi colocado contra a parede com o anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, que delineou uma proposta de cessar-fogo em Gaza. A proposta, que inclui a libertação de reféns detidos pelo Hamas e uma trégua permanente, foi endossada pelo gabinete de guerra de Israel, mas rejeitada por membros linha-dura da coalizão do governo. Com pressões internas e internacionais aumentando, Netanyahu deve decidir se aceita o cessar-fogo para evitar maior isolamento global e libertar os reféns ou se mantém a aliança com a extrema direita, prolongando o conflito. Leia mais.

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