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Mesmo após reportagens, Argentina nega a presença de foragidos do 8/1

A imprensa brasileira noticiou que cerca de 60 fugitivos estavam na Argentina, e alguns deles pediram "asilo político" ao presidente ultraliberal Javier Milei, aliado de Bolsonaro. Imagem: Agustin Marcarian/Reuters

AFP

08/06/2024 17h38

O governo da Argentina negou neste sábado (8) ter conhecimento da presença em seu território de foragidos dos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, após a imprensa brasileira noticiar que a Polícia Federal argentina saberia que cerca de 60 fugitivos estão no país.

O que aconteceu?

"Ainda não temos nenhuma informação desse tipo, não temos alertas vermelhos sobre essas pessoas (...) o Ministério da Segurança não recebeu nenhum tipo de solicitação, nem da Interpol, nem de pessoas, nem de nomes, nem de listas", afirmou a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, em declarações à Rádio Mitre.

A Polícia Federal anunciou na quinta-feira a captura de cerca de 50 "fugitivos" ligados à invasão das sedes dos Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito de uma operação especial que busca encontrar e prender mais de 200 pessoas.

Veículos de imprensa brasileiros noticiaram que cerca de 60 fugitivos estavam na Argentina e que alguns deles haviam solicitado "asilo político" ao presidente ultraliberal Javier Milei, aliado político de Bolsonaro. Bullrich não comentou nem mencionou o suposto pedido de asilo.

No dia 8 de janeiro de 2023, milhares de seguidores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, exigindo uma intervenção das Forças Armadas que depusesse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e denunciando supostas fraudes nas eleições.

Bolsonaro, que perdeu por uma pequena diferença para Lula no pleito presidencial de 2022, compareceu à Polícia Federal no ano passado sob suspeita de ter instigado a insurreição em Brasília.

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