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Israel eleva pressão contra EUA após 'queda dramática' no envio de armas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento em Jerusalém Imagem: Gil Cohen-Magen/Pool via Reuters

Do UOL, em São Paulo

23/06/2024 16h22Atualizada em 23/06/2024 16h30

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elevou a pressão contra os Estados Unidos neste domingo (23) ao defender sua recente decisão de tornar público o atraso americano no envio de armas para a guerra contra o Hamas.

O que aconteceu

Netanyahu reclamou na terça (18) que os EUA estavam "retendo armas". O israelense voltou a tocar no assunto no início de uma reunião de gabinete, neste domingo, quando disse que tornou público o atraso no envio do armamento porque as negociações sigilosas não prosperaram.

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A queixa, disse o premiê, ocorreu "depois de meses sem mudanças na situação". "Decidi dar-lhe uma expressão pública. Fiz isto com base em anos de experiência, e sabendo que este passo é essencial para extrair a cortiça", afirmou.

Na terça, sua reclamação apareceu em um vídeo publicado no X. Na ocasião, ele disse que o secretário de Estado Antony Blinken "garantiu que a administração está trabalhando dia e noite para remover esses gargalos".

Há cerca de quatro meses, houve uma queda dramática no fornecimento de armamentos que chegam dos EUA a Israel. Durante semanas pedimos aos nossos amigos americanos que acelerassem os envios. Fizemos isso uma e outra vez.
Beniamin Netanyahu, neste domingo

Fizemos isso nos níveis mais altos e em todos os níveis, e quero enfatizar: fizemos isso em salas privadas. Recebemos todo tipo de explicação, mas uma coisa não conseguimos: a situação básica não mudou.
Beniamin Netanyahu, neste domingo

EUA dizem que informação é falsa

Os EUA responderam após a declaração de terça. O enviado americano, Amos Hochstein, disse que os comentários de Netanyahu eram "improdutivos" e "mais importante, completamente falsos".

Os EUA já pediram o fim da guerra e já critica o aumento de vítimas civis na Faixa de Gaza. A pressão israelense se deve ao aumento das tensões com Hezbollah, grupo libanês inimigo de Israel.

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