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EUA: Polícia mata homem que ligou para a emergência em invasão à sua casa

O corretor de imóveis foi encontrado lutando com uma mulher e acabou morto pela polícia em sua própria casa Imagem: Reprodução/Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas

Colaboração para o UOL

24/11/2024 15h47

Um homem de 43 anos foi morto pela polícia ao chamar o 911 (serviço de emergência norte-americano) para relatar uma invasão em sua casa em Las Vegas, nos EUA.

O que aconteceu

O corretor de imóveis Brandon Durham pediu ajuda ao serviço de emergência (911) após sua casa ser invadida. Ele havia chamado o serviço de emergência e se escondido em um cômodo da casa com sua filha de 15 anos, conforme relatado pela ABC News.

Durham foi morto a tiros enquanto lutava por sua vida. O policial Alexander Bookman foi um dos primeiros a chegar, encontrando Durham e a invasora, Alejandra Boudreaux, lutando por uma faca. O oficial disparou seis vezes, matando o corretor. Segundo o Review Journal, imagens da câmera corporal mostram Bookman ordenando que soltassem a faca antes de atirar. Ele seguiu atirando mesmo após ambos caírem no chão. Boudreaux foi presa no local.

Durham e Boudreaux tinham uma relação pessoal anterior. Eles trabalharam juntos no setor imobiliário e mantiveram uma relação casual. Boudreaux relatou à polícia que estava frustrada com o comportamento de Durham, incluindo sua interação com outras mulheres, o que a levou a confrontá-lo no dia do incidente.

Boudreaux admitiu querer morrer e culpou a polícia. A invasora declarou à polícia que desejava "morrer pelas mãos dos oficiais" e responsabilizou o policial pelo tiro errado. Ela foi acusada de múltiplos crimes, incluindo invasão domiciliar e abuso infantil. O incidente ocorreu no dia 12, mas esta semana alguns trechos de áudio e vídeo captados pela câmera corporal do policial foram divulgados, segundo a Associated Press.

Segundo a investigação, antes do crime Boudreaux tentou embarcar em um voo, mas teve o bilhete cancelado por suspeita de fraude. Após retornar à casa de Durham, ela pegou uma faca e forçou a entrada no quarto dele, informou o Review Journal.

A polícia divulgou apenas trechos limitados das imagens da câmera corporal. Segundo o advogado da família de Durham, Lee Merritt, essas imagens teriam sido selecionadas para "absolver" o policial. Ele criticou que informações cruciais, como os gritos do corretor pedindo ajuda, foram omitidas.

Autoridades consideram Boudreaux como a principal responsável pela morte de Durham. O relatório policial menciona que o ato dela pode caracterizar homicídio culposo. No entanto, essa acusação não foi formalizada, segundo a ABC News.

A investigação do caso continua em andamento. O promotor do Condado de Clark, Steve Wolfson, afirmou que é cedo para comentar sobre possíveis acusações contra o policial. Enquanto isso, Bookman segue afastado das atividades policiais, mas continua sendo remunerado.

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