Partido Trabalhista vence e volta ao poder no Reino Unido após 14 anos
Daniela Fernandes
05/07/2024 09h30
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1. Partido Trabalhista britânico vence com maioria esmagadora e volta ao poder após 14 anos de governo conservador. Segundo resultados quase completos, o partido de centro-esquerda conquistou pelo menos 411 das 650 cadeiras do parlamento, praticamente o mesmo resultado histórico de Tony Blair em 1997. Seu líder, Keir Starmer, nomeado oficialmente hoje primeiro-ministro, foi encarregado pelo rei Charles 3° de formar o governo. Os conservadores conseguiram manter 121 cadeiras, o pior resultado desde 1906. O Reform UK, de direita radical, entrou pela primeira vez no parlamento, elegendo quatro deputados. Starmer prometeu uma gestação cautelosa da economia e o fortalecimento do sistema de saúde. O líder conservador Rishi Sunak, que anunciou sua demissão da presidência do partido, se elegeu no norte da Inglaterra.
2. Frente unida contra RN de Le Pen reduz chances de maioria da extrema direita na França. Embora na liderança, segundo pesquisas, o Reunião Nacional de Marine Le Pen chega em uma posição menos favorável no segundo turno no domingo, após mais de 200 candidatos da esquerda e centristas saírem da disputa para ampliar as chances dos rivais do RN. Nas legislativas francesas, é possível ter mais de dois candidatos no segundo turno. Segundo pesquisa Elabe divulgada hoje, o RN e seus aliados devem ter a maior bancada, com 200 a 230 cadeiras, mas longe das 289 necessárias. O movimento de Macron deverá ser reduzido pela metade, mas melhorou suas projeções para domingo e poderá salvar de 120 a 140 cadeiras. Le Pen criticou o que chama de "partido único" para barrar o RN.
3. Biden usa entrevista de TV para tentar recuperar imagem abalada após debate. O presidente americano participa de um comício no estado decisivo do Wisconsin e depois gravará entrevista ao canal ABC News, programada para ir ao ar nesta noite. Seu objetivo nesses compromissos é dissipar dúvidas sobre sua capacidade de comandar os EUA por mais quatro anos depois de gaguejar e perder a linha de raciocínio várias vezes durante o debate contra Donald Trump. A emissora informou que divulgaria uma transcrição completa da entrevista não editada. Em entrevistas a uma rádio na quinta-feira, Biden tentou minimizar a má performance, declarou que "teve uma noite ruim" e admitiu ter cometido um erro e "estragado tudo."
4. Congresso da Bolívia aprova protocolo de adesão ao Mercosul. A norma foi enviada ao presidente Luis Arce para promulgação, mas o governo não indicou quando isso será feito. Arce participa no domingo da cúpula do Mercosul no Paraguai que deve concretizar o ingresso da Bolívia como membro pleno do bloco. Na terça-feira, ele receberá o presidente Lula em Santa Cruz de la Sierra. Os passos finais para a entrada da Bolívia no Mercosul ocorrem uma semana após uma tentativa de golpe militar no país.
5. Reformista e ultraconservador se enfrentam em segundo turno das presidenciais no Irã. Analistas estimam que a votação desta sexta deve ter uma participação um pouco maior do eleitorado, após o recorde de 60% de abstenção na semana passada. Estão na disputa o moderado Masoud Pezeshkian - que liderou o primeiro turno com 42,5% dos votos e defende uma abertura com o Ocidente para tentar levantar as sanções que afetam severamente a economia do país - e Said Jalili, ex-negociador do programa nuclear. Jalili, que obteve 38,6%, acredita que é possível contornar as sanções reforçando laços econômicos com outros países.
Deu no The New York Times: "Incerteza sobre desistência de Biden influencia escolha de vice de Trump". O nome escolhido para a vice-presidência deve ser anunciado no máximo até a convenção nacional republicana, que começa dia 15. Mas Donald Trump, diz o NYT, não parece apressado para fazer isso por cálculo político, já que Joe Biden enfrenta atualmente pressões para desistir da disputa. Os conselheiros de Trump sugerem que ele opte por um candidato jovem ou negro para fazer contrapeso a atual vice-presidente, Kamala Harris, caso ela substitua Biden na corrida à Casa Branca. Esse cenário, afirma o jornal, poderia favorecer o senador republicano de Ohio, o segundo mais jovem do Senado, ou o senador Marco Rubio, da Florida, de origem cubana. Leia mais.