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Suspeito de matar brasileira nos EUA é achado morto, diz sobrinho da vítima

Edirlei Ramos Tofoli, de 44 anos, está sendo procurado pela polícia. Ele é natural de Campinas, em São Paulo. Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

09/07/2024 18h45

O principal suspeito de esfaquear e matar a brasileira Elidênia Jorge da Silva, 49, na cidade de Richmond, na Califórnia, nos Estados Unidos, foi encontrado morto nesta terça-feira (9).

O que aconteceu

O corpo de Edirlei Ramos Tofoli, 44, estava em um carro. Veículo estava na cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos. A informação foi confirmada por policiais norte-americanos aos familiares de Elidênia.

Circunstâncias da morte serão investigadas. O suspeito era procurado pela polícia desde o dia 4 de julho, quando a diarista foi encontrada sem vida. Edirlei, que mantinha um relacionamento com a vítima, era natural de Campinas, em São Paulo.

O UOL tenta contato com o Departamento de Polícia de Richmond. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em São Francisco, afirmou que permanece à disposição para prestar assistência consular necessária e apoio aos familiares.

Brasileira foi encontrada morta com facada no pescoço

Elidênia Jorge da Silva foi encontrada morta na casa em que morava, na Califórnia Imagem: Reprodução/Facebook

Corpo de Elidênia Jorge da Silva foi encontrado por sobrinhos na quinta-feira (4). Um deles precisou invadir a casa onde a tia morava, já que ela não abria a porta.

Familiares foram ao local após a mulher parar de responder às mensagens enviadas por parentes. "A filha dela mandou uma mensagem para a minha mãe falando que ela não respondia há dois dias", contou ao UOL Lucas Lima, gerente de entregas e sobrinho de Elidênia. Ele também mora em Richmond.

Na casa de Elidênia, familiares encontraram uma camisa do suspeito suja de sangue. As roupas de Edirlei não foram encontradas no armário. A principal suspeita é de que ele tenha fugido após cometer o crime.

O corpo da brasileira ainda não foi liberado pelas autoridades locais. Elidênia Jorge da Silva era natural de Morrinhos, em Goiás. Ela trabalhava nos Estados Unidos como diarista há seis anos.

Suspeito já havia sido preso por agressões

Lucas explicou que a tia tinha uma casa em Richmond e alugava o quarto para terceiros. Foi assim que ela e o suspeito se conheceram. A vítima alugou o quarto para ele após a divulgação de um anúncio nas redes sociais.

O suspeito já havia sido preso duas vezes por agredir a vítima. O sobrinho lembra que o homem era violento com Elidênia. "Ela tinha muito medo dele. Pediu para a família se afastar dela porque era uma forma dela proteger a gente", afirmou o gerente de entregas.

Eles tinham um relacionamento há quase dois anos. Primeira agressão que a família teve conhecimento aconteceu no dia do aniversário dela, em 5 dezembro de 2023.

Lucas contou que soube da agressão por uma prima. No caminho para a casa da tia, ligou para a polícia e o denunciou. Elidênia estava com um olho roxo e chegou a dizer que havia batido o rosto limpando a casa. "Ela estava com medo de chamar a polícia e eu chamei", afirmou.

Horas depois, ela admitiu ao sobrinho que havia sido agredida. O homem foi preso, mas solto dias depois.

Na época, Lucas lembra que o suspeito fazia ligações da cadeia e ameaçava a diarista. A vítima conseguiu na Justiça dos EUA uma ordem judicial para que ele não chegasse perto dela. "Mas ele saiu da prisão e voltou para casa dela. Ele ligou para ela e disse que a mataria se minha tia não fosse buscá-lo na cadeia", lamentou o sobrinho.

Em março deste ano, o suspeito também havia sido preso e solto pela segunda vez.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Para receber atendimento ou fazer denúncias pelo WhatsApp, é possível enviar mensagem para o número (61) 99611-0100; ou pelo Telegram, basta digitar "Direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo. Após uma mensagem automática inicial, o atendimento será feito pela equipe do Disque 100 ou do Ligue 180.

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