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Sem atas, órgão eleitoral reafirma vitória de Maduro na Venezuela

O presidente venezuelano Nicolás Maduro Imagem: Miraflores Palace/via REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

02/08/2024 16h30Atualizada em 02/08/2024 17h08

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgou um segundo boletim nesta sexta-feira (2) em que confirma que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Porém, o órgão ainda não divulgou as atas eleitorais cobradas pela oposição e pela comunidade internacional.

O que aconteceu

A instituição, controlada pelo governo, afirma que o líder chavista obteve 51,95%. O opositor Edmundo González Urrutia obteve 43,18% dos votos, diz o CNE. O órgão afirma que já foram apurados quase 97% dos votos.

Segundo o CNE, a participação no pleito foi de quase 60%. Maduro teria recebido 6,4 milhões de votos.

O órgão eleitoral também divulgou o percentual de votação dos outros candidatos: Luis Martínez (1,24%), Antonio Ecarri (0,94%), Benjamín Rausseo (0,75%), José Brito (0,68%), Javier Bertucci (0,52%), Cláudio Fermín (0,33%), Enrique Márquez (0,24%) e Daniel Ceballos (0,16%).

No primeiro boletim, publicado um dia após as eleições presidenciais, Maduro foi apontado como o vencedor com 51,20% das preferências. Na ocasião, 80% dos votos haviam sido contados.

Convocação da Justiça Eleitoral

O TSJ (Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela) convocou os dez candidatos para comparecer à Corte nesta sexta-feira (2), às 15h (horário de Brasília). O objetivo é iniciar a apuração sobre o resultado da votação do último domingo (28).

A Corte aceitou recurso apresentado pelo presidente Nicolas Maduro. Ele solicitou uma perícia técnica de todo o processo eleitoral para que se apresentem as atas e documentos em mãos de todos os partidos com os dados das mais de 30 mil mesas de votação.

Ao menos 19 pessoas morreram durante as eleições e em protestos seguintes que questionam a nomeação do ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Os dados são da ONG Provea (Programa de Educação em Direitos Humanos Acção). Na quinta-feira (1º), o mandatário venezuelano anunciou que 1.200 pessoas foram presas.

Mortes foram contabilizadas entre a noite da eleição (28) e a tarde dessa quinta-feira (1º). A mais recente, na quarta-feira (31), ocorreu no estado de Bolívar, onde um jovem de 19 anos foi atingido no olho por um disparo de arma de fogo.

*Com informações da Ansa e da Agência Brasil

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