Chanceler renuncia, e Zelensky promove reforma ministerial
Do UOL
04/09/2024 09h12
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Dmytro Kuleba (Relações Exteriores) e outros seis ministros da Ucrânia pediram demissão nesta quarta-feira. Ao lado do presidente Zelensky, Kuleba foi uma das principais vozes em defesa da Ucrânia contra a invasão russa na arena internacional.
Ontem, Zelensky disse que "decisões pessoais" estavam sendo preparadas para fortalecer seu governo durante o conflito.
Segundo analistas ouvidos pelo New York Times, Zelensky busca ânimo novo e combater uma suposta apatia do governo no momento em que a Rússia tem ganhos de território relevantes no país.
Críticos, porém, afirmam que a reforma pode concentrar ainda mais o poder nas mãos de Zelensky e aumentar seu isolamento interno.
Brasil: "preocupação profunda" com Maduro
O Brasil e a Colômbia expressaram em nota "profunda preocupação" com o pedido de prisão do candidato da oposição na Venezuela Edmundo González. Segundo a nota, a medida "dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo".
Ainda ontem, Celso Amorim, assessor internacional do presidente Lula, admitiu que há uma "escalada autoritária" na Venezuela.
No entanto, Amorim afirmou que o governo brasileiro ainda tenta uma solução pacífica para a crise. "Pode ser ingenuidade, talvez até seja mesmo, mas temos ainda esperança (...). Nós não queremos salvar o Maduro, queremos salvar a Venezuela."
Turquia nos Brics
O governo da Turquia confirmou nessa terça que pediu para entrar nos Brics. "O processo está em andamento", disse Ömer Çelik, porta-voz do Partido da Justiça e Desenvolvimento(AKP), do presidente Recep Erdogan.
O país, que faz parte da Otan, aliança militar liderada pelos EUA, mas também é próximo da Rússia, negocia sua participação na União Europeia há oito anos, sem sucesso.
É provável que a demanda turca seja discutida na reunião de cúpula dos Brics, em Moscou, no próximo mês. No passado, o presidente Lula afirmou que apoia o ingresso do país no bloco.
Espionagem chinesa em NY
Promotores federais denunciaram uma assessora de dois ex-governadores do estado de Nova York pela acusação de trabalhar para o governo da China.
Segundo a denúncia, Linda Sun barrou encontros de autoridades de Taiwan com autoridades estaduais, removeu referências a Taiwan e à perseguição chinesa à minoria uigur de documentos e compartilhou informações com o governo de Pequim. Ela nega as acusações.
A embaixada da China afirmou que "o governo e a imprensa americana têm 'bombado' histórias sobre agentes chineses, que depois se mostram falsas". Recentemente, os EUA escalaram medidas protecionistas contra produtos chineses e alteraram sua estratégia para ameaças nucleares, dando mais ênfase à China.
Mortes no Canal da Mancha
Pelo menos 12 migrantes morreram depois que o casco do barco em que estavam se abriu durante a travessia do Canal da Mancha em direção à Inglaterra.
Entre os mortos, seis eram menores e havia dez mulheres, uma delas, grávida. A guarda costeira da França conseguiu resgatar mais de 50 pessoas.
A maioria dos migrantes, que se espremiam no barco de borracha com sete metros de comprimento, era do leste da África, segundo autoridades francesas. Só neste ano, cerca de 20 mil pessoas tentaram a perigosa travessia por uma das vias marítimas mais congestionadas e perigosas do mundo.
Matança de animais na Namíbia
A Namíbia anunciou que começou a matar animais selvagens para alimentar a população. Na primeira leva, 157 animais foram mortos, o que resultou em 57 toneladas de carne.
O programa prevê o sacrifício de um total de 723 animais: 30 hipopótamos, 83 elefantes, 60 búfalos, 100 gnus, 300 zebras, 100 antílopes e 50 impalas.
A medida também visa aliviar a pressão sobre as fontes de água do país no sul do continente africano. A seca que afeta a região reduziu a produção de cereal em 53% e o nível dos reservatórios de água em 70%, em comparação com o ano passado.
Deu no Guardian
Kamala lidera pesquisas nacionais, mas dados mostram indefinição nos estados. Segundo o jornal inglês, a candidata democrata lidera a disputa com dois pontos percentuais de vantagem sobre Trump, de acordo com a média dos levantamentos compilados pelo site RealClearPolitics.
Em eleições passadas, na mesma altura da campanha, os adversários de Trump tinham dianteira maior. Hillary Clinton, que perdeu, estava cinco pontos na frente em 2016. Biden, que venceu apertado, tinha mais de seis pontos de vantagem.
O jornal nota, porém, que a democrata tem avanços importantes em estados decisivos que foram vencidos anteriormente pelo republicano. Leia mais.