Migração legal para os países ricos em 2023 foi a maior da história
Do UOL
14/11/2024 09h30
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A migração legal para os países ricos em 2023 foi a maior da história, batendo o recorde anterior de 2022. Segundo a OCDE, 6,5 milhões de pessoas chegaram aos 38 países da organização no ano passado, uma alta de 6,6% em relação às 6,1 milhões registradas em 2022.
Com 750 mil imigrantes, o Reino Unido bateu os EUA como principal destino. O número de pessoas em busca de asilo também cresceu, 30%, para 2,7 milhões. Nessa categoria, a liderança é dos EUA, com mais de um milhão de casos.
O fenômeno, somado à imigração ilegal, tem provocado uma reação de parte do eleitorado contra os governos e dominado os debates eleitorais. Economistas, porém, afirmam que a imigração nos últimos dois anos colaborou na criação de empregos e na redução da inflação nos países mais ricos.
O jogo de Trump
Donald Trump indicou o polêmico deputado pela Flórida Matt Gaetz para o cargo de procurador-geral. Gaetz é um ferrenho defensor de Trump, conhecido por falas agressivas. Ele também é investigado internamente na Câmara dos Representantes pelas acusações de assédio sexual e uso de drogas.
A indicação surpreendeu o Partido Republicano e foi alvo de críticas abertas de vários congressistas. Em editorial, o jornal Wall Street Journal, do apoiador de Trump e dono da rede Fox, Rupert Murdoch, chamou a indicação de "má escolha". "Ele é o nome daqueles que querem usar a lei para vingança política". O presidente eleito também confirmou a indicação do também deputado pela Flórida Marco Rubio para o posto de secretário de Estado.
Congresso dominado
O Partido Republicano conquistou a maioria das cadeiras na Câmara dos Representantes, e Donald Trump terá a maioria nas duas casas do Congresso americano. Segundo projeção da Edison Research, os republicanos já obtiveram as 218 vagas necessárias para a maioria, mesmo com nove cadeiras ainda em disputa.
A maioria facilitará a aprovação da agenda de Trump de corte de impostos e redução do tamanho do governo federal. No entanto, o candidato preferido de Trump e apoiado por Elon Musk para a liderança dos republicanos no Senado, Rick Scott, foi derrotado em votação secreta por John Thune - um senador da ala mais tradicional do partido.
MP pede prisão de Le Pen
O Ministério Público francês pediu cinco anos de prisão e de inelegibilidade para Marine Le Pen, deputada e líder do partido de ultradireita Reagrupamento Nacional. Le Pen é acusada de desviar recursos públicos de seu gabinete de eurodeputada entre 2004 e 2016 para o pagamento de funcionários de seu partido. Ela nega as acusações e diz que a acusação é uma "violência" e uma "indignidade".
O julgamento deve ocorrer até o final deste mês. Se condenada, a líder estará fora das eleições marcadas para o começo de 2027. Le Pen disputou três vezes a Presidência. Na última disputa, em 2022, teve 41% dos votos e foi derrotada por Emmanuel Macron.
Argentina abandona COP-29
A delegação técnica argentina abandonou a COP-29, cúpula do clima que ocorre no Azerbaijão, por ordem do presidente Javier Milei. Os argentinos coordenavam o Grupo Sul, que também reúne Brasil, Uruguai, Paraguai e Equador e tem como objetivo coordenar ações comuns dos países vizinhos.
Segundo o jornal Clarín, Milei tem uma posição contra as políticas de enfrentamento das mudanças climáticas, "semelhantes à de Donald Trump", com quem ele deve se encontrar na Flórida hoje e amanhã.
Mais enchentes na Espanha
A Espanha voltou a ser afetada por tempestades e a sofrer com grandes enchentes. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas em Málaga, na costa sul do país. Além da cidade, a região de Valência e toda a Catalunha também estão em estado de alerta até amanhã.
Também há alertas para a Andaluzia e as Ilhas Baleares. Na Catalunha, são esperados até 180 milímetros de chuva em um período de doze horas. Na semana retrasada, tempestades deixaram pelo menos 220 pessoas mortas na Espanha, a maioria em Valência e arredores.