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Pepita rara de 3 kg foi peso de porta por décadas - mas vale R$ 6,2 milhões

A pepita de âmbar de milhões poderia ter até 70 milhões de anos, ou seja, o fóssil pode ter se formado ainda na era dos dinossauros Imagem: Divulgação/Museu do Condado de Buzau

Colaboração para o UOL

06/09/2024 14h49Atualizada em 06/09/2024 19h33

Uma das maiores pepitas de âmbar já registradas no mundo foi encontrada na casa de uma idosa na Romênia, confirmou o diretor do Museu do Condado de Buzau, Daniel Costache, ao jornal El País na terça (3). A resina fóssil, que pesa 3,5 kg, teria sido retirada do leito de um riacho em Colti, um vilarejo ao Sul do país, e usada por décadas pela moradora como um simples peso de porta.

A idosa achava que tinha apenas pegado uma pedra das águas e não sabia do valor do achado — nem mesmo os ladrões que invadiram sua casa ao longo dos anos para roubar joias, segundo relatos da imprensa local. Quem percebeu que a pepita poderia ser valiosa foi um parente da mulher, que herdou a peça depois da morte da romena em 1991.

Ao avaliar o que, à primeira vista, era uma rocha, o familiar desconfiou que pudesse se tratar de uma pedra semi-preciosa. Apesar de o âmbar não ser mineral, o material é de fato utilizado para joias frequentemente e pode atingir altos preços, especialmente no tamanho (e raridade) do fóssil encontrado em Colti.

O parente da idosa que achou a pepita vendeu a relíquia ao Estado romeno, que o classificou como "tesouro nacional" e entregou sua tutela ao Museu do Âmbar que é parte do complexo de Buzau. No entanto, a peça acabou temporariamente enviada ao Museu de História de Cracóvia, na Polônia, para o processo de autenticação.

Os estudiosos em âmbar da Polônia não só confirmaram que a pepita era mesmo de âmbar, como estimaram que ela poderia ter entre 38,5 milhões e 70 milhões de anos — caso ela se encaixe neste extremo, teria sido formada ainda na Era Mesozoica e dividido a Terra com os dinossauros.

"Esta descoberta tem grande significado tanto no nível científico quanto para o museu", disse o diretor ao El País. Apesar da etiqueta de milhões colocada na pepita, ele acredita que o valor seja incalculável. O Leste Europeu, região em que a Romênia está localizada, é uma das áreas com maiores depósitos de âmbar no planeta, mas uma pepita desta magnitude é rara em nível mundial.

Ainda de acordo com informações do El País e do Museu do Âmbar de Buzau, o condado possui reservas naturais das pepitas com diversos registros de achados de valor material e científico graças à qualidade, às colorações e ao que pode ser visto dentro de alguns dos fósseis, como aranhas, besouros, mosquitos, crustáceos, répteis, penas de pássaros e pelagem de animais que viveram há milhões de anos, entre outros.

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