Israel chama de 'cínica' resolução da ONU para desocupação da Palestina
Do UOL*, São Paulo
18/09/2024 14h09Atualizada em 18/09/2024 14h31
O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou e atacou nesta quarta-feira (18) a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que exige o fim da ocupação de territórios palestinos.
O que aconteceu
Israel chamou decisão de ''cínica'' e ''distorcida''. O documento apela para a desocupação dentro de 12 meses, sob a ameaça de sanções e embargo de armas contra o governo de Benjamin Netanyahu.
''Assim funciona a política internacional cínica'', disse o porta-voz Oren Marmorstein. ''Uma decisão distorcida que está desligada da realidade, encoraja o terrorismo e prejudica as possibilidades de paz'', escreveu na rede social X.
Apoio de 124 países
Texto foi considerado ''histórico'' e aprovado por dezenas de governos, incluindo o Brasil. A proposta foi a primeira feita pela delegação da Palestina desde que ela começou a fazer parte do órgão das Nações Unidas.
Catorze países votaram contra, entre eles EUA, Israel, a Argentina de Javier Milei e a Hungria de Viktor Orbán. Outros 43 países optaram pela abstenção. O voto foi seguido por um longo aplauso, algo raro nos procedimentos da ONU.
Ao contrário do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral não tem a capacidade de implementar suas resoluções. O caráter não vinculante do texto também torna a aprovação mais frágil. Mas, para diplomatas em Nova York, a votação refletiu o amplo apoio internacional à causa palestina e aponta para uma pressão diplomática e política cada vez maior sobre Israel.
(*Com informações da AFP)