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'Trump é o Grinch': quem é o bilionário que se opõe a Musk e apoia Kamala

Mark Cuban fala em evento de campanha a favor de Kamala Harris Imagem: Craig Lassig / AFP

Colaboração para o UOL

03/11/2024 05h30

O bilionário Mark Cuban, empresário e investidor conhecido nos Estados Unidos, decidiu apoiar a candidatura de Kamala Harris —o movimento de Cuban é oposto ao de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que injeta dinheiro na campanha de Donald Trump.

Mark Cuban x Elon Musk

Cuban é um empresário e investidor americano dono da equipe de basquete Dallas Mavericks. Ele ganhou notoriedade como um dos investidores mais famosos no programa de TV Shark Tank. Hoje, é dono de uma fortuna de US$ 5,7 bilhões (R$ 33 bilhões), segundo a Forbes.

Para Cuban, "Donald Trump é o Grinch que quer roubar o seu Natal". No início de outubro, o bilionário subiu ao palco durante um ato de campanha da candidata democrata à presidência, na cidade de La Crosse, em Wisconsin, um dos sete estados que podem decidir as eleições americanas. Comparando o candidato republicano ao personagem fictício verde e rabugento, ele disse que Trump "não entende como as tarifas funcionam". "O Grinch é quem vai colocar essas pequenas empresas fora dos negócios", completou. A fala foi em resposta a Trump, que disse no Economic Club de Chicago que a palavra mais bonita do mundo é "tarifa".

Com outros grandes empresários, ele assinou um manifesto em favor de Kamala. No início de setembro, Cuban e mais outros líderes de grandes empresas públicas de tecnologia, mídia e finanças assinaram uma carta de três páginas afirmando que acreditam que Kamala é a candidata mais forte para a economia americana e o futuro da democracia.

O movimento de Cuban é oposto ao de Musk. O CEO da Tesla já gastou mais de US$ 75 milhões (R$ 432,5 milhões) para apoiar a campanha de Trump e mobiliza eleitores na Pensilvânia, segundo reportagem do The New York Times.

Cuban: de 60 dólares no bolso a império

Mark Cuban cresceu em uma família judia que originalmente carregava o sobrenome Chabenisky. O avô, de origem russa, decidiu trocar para Cuban quando saiu da Europa e foi viver nos Estados Unidos.

"Não tinha nada, então também não tinha nada a perder". Cuban não se cansa de dizer que tinha apenas US$ 60 no bolso quando entrou na Universidade de Indiana (EUA), aos 23 anos, e foi morar em um apartamento de três quartos com outras cinco pessoas. Pouco depois, conseguiu um emprego vendendo softwares e afirma que "aprendeu programação sozinho, passando sete ou oito horas por dia fazendo isso sem descansar".

Cuban fez fortuna que chegou a ser registrada no Guinness World Records. Sua primeira empresa foi a MicroSolutions, empreendimento que vendeu em 1990. Já em 1995, ao lado de Todd Wagner, fundou a Broadcast., empresa que se destacou por ser uma das pioneiras em streaming de áudio e vídeo na internet. Em 1999, a Yahoo! adquiriu a Broadcast.com por cerca de US$ 5,7 bilhões em ações, um dos maiores negócios da internet. Essa venda não só fez de Cuban um multimilionário, mas também solidificou sua reputação como um visionário na tecnologia.

Nos anos 2000, Cuban adquiriu a equipe Dallas Mavericks, do estado do Texas, por cerca de US$ 285 milhões. Desde então, tem sido um proprietário ativo e envolvido na equipe, contribuindo para sua transformação e sucesso, incluindo a conquista do campeonato da NBA em 2011.

Outras apostas curiosas que Mark Cuban fez ao longo de sua carreira incluem financiar um banheiro de alta tecnologia chamado Swash e produzir séries de televisão. Uma delas foi o reality show The Benefactor, em que ele dava US$ 1 milhão ao competidor que o convencesse de que merecia a quantia.

Ele também lançou alguns livros com reflexões da sua vida e carreira. Os títulos mais conhecidos são Como Vencer no Esporte dos Negócios (2011) e A Vida é Meio Aleatória: Essas são as Perguntas e as Respostas (2020).

Cuban já teve interesse em disputar a Presidência dos EUA. O bilionário disse na época das eleições de 2020 que pensava em concorrer ao cargo. Ele afirmou que estava interessado em trazer uma nova perspectiva e que acreditava que um candidato outsider (que vem de fora da política convencional) poderia ser uma opção viável.

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