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Advogada brasileira é ameaçada após processo contra soldado israelense

Maira Pinheiro Imagem: Reprodução/Facebook

05/01/2025 22h13

A advogada brasileira Maira Pinheiro sofreu ameaças após ingressar com ação na Justiça brasileira contra um soldado israelense que atuou na guerra em Gaza e estava de férias na Bahia.

O que aconteceu

A advogada recebeu mensagens contendo ameaças de morte contra ela e sua filha. Maira Pinheiro também teve informações pessoais divulgadas.

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Maira Pinheiro foi contratada pela Fundação Hind Rajab, uma organização internacional de defesa dos palestinos. A instituição atua internacionalmente denunciando crimes contra a humanidade, crimes de guerra e casos de violações de direitos humanos praticados na Palestina.

O soldado Yuval Vagdani deixou o Brasil depois que a Justiça Federal pediu que a Polícia Federal o investigue por supostos crimes de guerra em Gaza. Ele teria participado de operações militares naquela região, incluindo a destruição de um quarteirão residencial.

Tenho sido alvo de ameaças de morte e violência sexual. Minha filha de dez anos também tem sido ameaçada.
Maira Pinheiro, em entrevista ao colunista do UOL, Jamil Chade

Apesar das ameaças, a advogada afirmou que irá continuar com o seu trabalho. A brasileira revelou que monitora também outros casos relacionados a crimes de guerra.

A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil) condenou as ameaças à advogada. Em nota publicada em rede social, a Fepal destacou que Maira Pinheira deve ser protegida pelas autoridades brasileiras e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

A Fundação Hind Rajab também repudiou os ataques e sublinhou a coragem da brasileira. Em nota, a entidade classificou os ataques a sua advogada como "vis e covardes".

A Hind Rajab Foundation condena veementemente os ataques vis e covardes direcionados à nossa advogada no Brasil, Sra. Maira Pinheiro. Após seu envolvimento no processo judicial contra o soldado que escapou após o tribunal emitir uma ordem de investigação contra ele, a Sra. Pinheiro enfrentou sérias ameaças, incluindo ameaças à sua vida, doxxing, calúnias sexistas e até mesmo ameaças direcionadas ao seu filho. Esses atos desprezíveis visam intimidá-la e silenciá-la, mas não terão sucesso. A Sra. Pinheiro estava simplesmente cumprindo seu dever profissional como parte do processo legal.
Nota divulgada pela Fundação Hind Rajab

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