Sikorsky UH-60 e Bombardier CRJ700: como são aeronaves de acidente nos EUA

A colisão entre um avião e um helicóptero que deixou ao menos 30 mortos nesta quinta-feira perto do Aeroporto Nacional Reagan envolveu duas aeronaves conhecidas da aviação comercial e militar do país.

Saiba mais sobre as aeronaves envolvidas no acidente

Sikorsky UH-60 Black Hawk: um dos helicópteros mais onipresentes nas forças armadas dos EUA. De fabricação americana, o helicóptero tem entre as suas funções mais desempenhadas o ataque aéreo, apoio geral, retirada médica, comando e controle e apoio a operações especiais.

A aeronave envolvida na colisão ocorrida na noite de quarta-feira voava com o indicativo de chamada PAT25. Ela tinha três ocupantes no momento do acidente, de acordo com a Aviation Safety Network, um banco de dados públicos de acidentes aéreos.

Mais de 5.000 Black Hawks foram fabricados desde o início da produção, em meados da década de 1970.

Aeronave Bombardier CRJ700, de modelo semelhante ao envolvido em acidente aéreo na quarta-feira (29)
Aeronave Bombardier CRJ700, de modelo semelhante ao envolvido em acidente aéreo na quarta-feira (29) Imagem: Alan Wilson/Creative Commons

Bombardier CRJ700: "cavalo de batalha" da aviação comercial dos EUA. De fabricação canadense, o Bombardier CRJ700, pode acomodar cerca de 70 pessoas. Há cerca de 260 aeronaves desse tipo em serviço, de acordo com a Cirium, uma empresa de dados de aviação.

O avião envolvido na colisão com o Black Hawk foi registrado como N530EA e fabricado em 2010, de acordo com a agência norte-americana de aviação (FAA). Havia 60 passageiros e quatro tripulantes a bordo, informou a American Airlines. O jato estava registrado em nome da companhia aérea, mas era operado por sua subsidiária integral, a PSA Airlines.

A Bombardier vendeu o CRJ700 para uma subsidiária da Mitsubishi Heavy Industries em 2019. A produção de novas aeronaves foi interrompida em 2020.

*Com informações da Reuters

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Acidente aéreo deixou mortos

Um avião comercial da American Airlines e um helicóptero Black Hawk do Exército dos EUA caíram, na noite desta quarta-feira (29), no rio Potomac após uma colisão aérea perto do Aeroporto Nacional Reagan, em Washington DC. O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes de Wichita, Kansas (ICT) para o Aeroporto Nacional Washington Reagan (DCA). No helicóptero militar, três soldados estavam a bordo, de acordo com as autoridades locais.

Ao menos 30 corpos foram retirados do rio Potomac. A informação é do canal de TV CBS. Não há confirmação oficial sobre óbitos e sobreviventes. O rio Potomac passa pela capital Washington, além dos estados da Virgínia Ocidental, Virgínia e Maryland.

Todos os pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto. O Aeroporto Reagan foi fechado, de acordo com a FAA, e os voos estão sendo desviados para o Aeroporto Internacional Marshall de Baltimore, segundo o Washington Post.

Mau tempo dificulta as buscas. "É perigoso e difícil trabalhar lá", disse o chefe dos bombeiros, John A. Donnelly, em uma entrevista coletiva. "Não há muitas luzes, 300 equipes de emergência estão vasculhando as águas procurando em cada centímetro para ver se consegue encontrar alguém."

Aeronave que caiu tinha capacidade de transportar até 65 passageiros, de acordo com o site da American Airlines. Avião estava operando o voo 5342 que havia partido de Wichita, Kansas, de acordo com a FAA.

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Presidente Donald Trump questionou a causa do acidente nas redes sociais. "O helicóptero estava indo direto para o avião por um longo período de tempo. É uma noite clara, as luzes do avião estavam acesas, por que o helicóptero não subiu ou desceu, ou virou", escreveu Donald Trump no Truth Social.

Republicano atribuiu a responsabilidade à tripulação do helicóptero e aos controladores de tráfego aéreo. "Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles viram o avião? Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada. Não é bom!."

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