A TV americana tem oferecido, em média, cerca de 500 novos programas roteirizados por ano, incluindo séries, minisséries, reality shows e outras atrações de entretenimento. É um ambiente de enorme concorrência, com plataformas de streaming, grandes redes de televisão e canais por assinatura especializados duelando pela atenção do espectador.

Uma parte considerável desta produção está à disposição do espectador brasileiro que assina serviços de streaming e pacotes de TV por assinatura.

Com tanta oferta, uma das maiores dificuldades é, justamente, escolher o que assistir. Críticos de televisão têm atuado, cada vez mais, como "curadores" de conteúdo. Tentam separar o joio do trigo e fazem indicações, sem muito compromisso, na base do "veja lá se você gosta desta série". Se não gostar, pare e veja outra.

Neste contexto, premiações, como o Emmy, ou enquetes e listas de "melhores" séries também funcionam bem, como um guia para espectadores ávidos por programas para assistir na TV.

Este ano, por exemplo, a premiação no Emmy me chamou a atenção para uma série que não conhecia, "Abbott Elementary", uma sitcom ambientada numa escola pública nos EUA. Assisti a meia dúzia de episódios - achei razoável, mas não me empolgou.

Esta semana, a revista "Rolling Stone" publicou uma lista das 100 melhores séries da história da TV americana. É uma atualização de uma lista publicada originalmente em 2016. Ela foi feita com base nas indicações de 46 personalidades, mais sete jornalistas da revista, num total de 53 votantes (veja aqui a lista dos votantes).

O resultado final (veja aqui), como o de toda lista deste tipo, é polêmico. Vou reproduzir abaixo os 20 primeiros colocados. Gostei do resultado. Mas, mesmo não concordando com todas, nem com as posições que ocupam, são séries que valem muito a pena ver - ou rever.

20 - 30 Rock
19 - I May Destroy You
18 - Saturday Night Live
17 - The Leftovers
16 - Twin Peaks
15 - The Larry Sanders Show
14 - The Americans
13 - Veep
12 - The Twilight Zone
11 - Succession
10 - The Mary Tyler Moore Show
9 - Atlanta
8 - Cheers
7 - Mad Men
6 - Seinfeld
5 - Fleabag
4 - The Wire
3 - Breaking Bad
2 - The Simpsons
1 - The Sopranos

Gostou da lista? Qual é a tua lista?

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O tema principal do mais recente episódio do "Last Week Tonight", com John Oliver, na HBO, tratou das eleições no Brasil, especificamente sobre o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Oliver disse temer que o presidente, em caso de derrota nas eleições, não aceite o resultado das urnas. E estaria preparando o terreno para, "no estilo Trump", contestar a eventual derrota. Segundo o apresentador a ação de Bolsonaro "pode ser muito mais destrutiva que a de Trump".

Oliver já venceu o Emmy 17 vezes (em 23 indicações). Além dos sete prêmios como apresentador do "Last Week Tonight", já ganhou dez vezes na categoria de roteirista de variedades, três deles pelo "The Daily Show" (2009; 2011-2012) e sete pelo atual programa. Recentemente, piadas que fez sobre a morte da rainha Elizabeth foram censuradas na TV britânica.

A versão do episódio sobre as eleições brasileiras está disponível no You Tube, mas não deve ser exibida na TV. A HBO teme desrespeitar a legislação eleitoral brasileira mostrando o programa. Em 2018, um episódio do "Last Week Tonight" no qual Oliver falou de Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) também não foi exibido.

A preocupação com a legislação atingiu também o "Greg News", programa apresentado por Gregorio Duvivier na HBO, inspirado no programa de John Oliver. Por causa das eleições em outubro, a temporada de 2022 teve apenas 19 episódios, terminando em 15 de julho (a temporada de 2021, por exemplo, teve 31 episódios). Em novembro, encerradas as eleições, "Greg News" deve retornar com mais quatro episódios inéditos.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgados esta semana pelo IBGE mostram que, de 2019 a 2021, o número de domicílios com TV no país subiu de 68,4 milhões para 69,6 milhões. Mas a proporção de domicílios com TV recuou de 96,2% para 95,5% do total. O percentual de domicílios do país com acesso à TV por assinatura também caiu de 30,3% para 27,8%, embora tenha subido na área rural de 16,4% para 17,8%.

Também houve redução no percentual de domicílios do país com acesso à TV por assinatura: caiu de 30,3% para 27,8%. E no percentual de domicílios com conexão à internet por banda larga móvel: caiu de 81,2% para 79,2%. Já o percentual da banda larga fixa aumentou de 78,0% para 83,5%.

Por outro lado, a internet chegou a 90,0% dos domicílios do país em 2021, um crescimento de 6 pontos percentuais em relação a 2019, quando 84,0% dos domicílios tinham acesso à rede.

Em 2021, 1,5 milhão de domicílios do país (ou 2,2% do total) não tinham nenhuma das três formas de acesso à TV digital (conversor, parabólica ou assinatura) e 80,6% deles estavam em área urbana.

"Que engraçado, quando sai alguma notícia ruim sobre mim, todos os portais de fofoca desse país soltam alguma nota falando e comentando. Eu lanço algum trabalho, silêncio total! Vocês gostam é da desgraça alheia, vocês são nojentos!"

O protesto de Pabllo Vittar pode ajudar a melhorar a mídia, analisa Guilherme Ravache