O "MasterChef" tem-se revelado uma fonte inesgotável de recursos para a Band. Exibida desde 2014, a disputa entre cozinheiros amadores já teve nove temporadas e também ganhou versões com crianças (2015) e com profissionais (2016-2018 e 2022). Esta semana, a emissora estreou um novo "spin-off" do formato, dedicado apenas a candidatos com mais de 60 anos.

A Band apresenta algumas boas intenções ao justificar essa iniciativa. Diz que a experiência já foi testada, com sucesso, em outros países. Entende que é uma forma de dar protagonismo a quem inspirou muitos cozinheiros durante os oito anos de "MasterChef". E acredita que o programa ajudará a combater preconceitos contra idosos.

"Acredito na identificação. Todos nós temos uma história contada pelo olhar de uma mãe, avó, tio. É a gastronomia de memória e teremos resgates nas receitas feitas por eles", afirmou a diretora do programa, Marisa Mestiço.

Para a diretora, o MasterChef+ vai oferecer a possibilidade de entender que a maturidade é a chance de aproveitar o tempo a seu favor e ter autonomia para escolher as batalhas que deseja travar. "No caso, a aventura de estar na cozinha do MasterChef com todos os desafios que só quem viveu sabe bem o que é."

A proposta de fazer uma competição com idosos agradou ao mercado publicitário. Segundo o "Meio & Mensagem", cinco marcas adquiriram cotas ou compraram espaços no programa.

Não concordo que isolar cozinheiros com mais de 60 anos num programa seja uma forma de combater o chamado etarismo. Ao contrário, creio que reforça preconceitos. É como se o "MasterChef" julgasse necessário oferecer cuidados especiais aos mais velhos na cozinha. O que diferencia um mestre-cuca amador de 60 anos de um de 30? Nada, além da experiência acumulada pelos mais velhos.

Ver cozinheiros mais velhos disputando com mais jovens, como já ocorreu em várias edições do "MasterChef", é muito mais estimulante do que imaginar uma competição apenas com os idosos.

O "MasterChef +" vai ao ar às noites de terça-feira, na Band, às 22h45. O programa também é exibido no canal Discovery Home & Health sempre às sextas-feiras, às 18h20. A atração também fica disponível no YouTube da Band.

PUBLICIDADE

A Netflix anunciou que vai fazer a primeira transmissão ao vivo de sua história no início de 2023. Será a exibição de um show do comediante Chris Rock, "uma das vozes cômicas mais icônicas e importantes de nossa geração", segundo o vice-presidente de comédia da Netflix, Robbie Praw.

Por que isso é importante? Como já escrevi mais de uma vez, no esforço de ampliar um mercado que parece estar chegando ao limite, a Netflix está ampliando as suas ações e ficando cada vez mais parecida com uma TV aberta.

"Estamos emocionados que o mundo inteiro possa ter a experiência de um evento de comédia ao vivo com Chris Rock e faça parte de um momento histórico da Netflix", acrescentou Robbie Praw no comunicado divulgado pela empresa.

Outro caminho ensaiado pela Netflix é o investimento em esportes. A empresa ainda não transmite competições esportivas, mas tem investido em documentários sobre o mundo esportivo, em associação com confederações e associações oficiais de determinados esportes.

A primeira área em que a Netflix fez este tipo de acerto foi com a Fórmula 1 com a série "Dirigir para Viver". A audiência das transmissões de corridas de F-1 nos EUA aumentou 40% depois que a plataforma começou a exibir a série.

Há conversas sobre fazer programas semelhantes sobre o universo do golfe e do tênis, em parceria com as associações oficiais (PGA e ATP) que administram as principais competições destes esportes.

A Netflix, que perdeu assinantes pela primeira vez no começo deste ano, antes de anunciar recentemente que havia voltado a crescer, vem fazendo testes com novos modelos, incluindo a recém-lançada oferta de uma assinatura mais barata com inclusão de publicidade.

Segundo a Bloomberg, além da queda no número de novos assinantes, a Netflix está registrando o cancelamento de assinaturas numa taxa mais alta. Cerca de um quinto de todos os novos clientes nos EUA estão cancelando a Netflix após apenas um mês, desde o início da pandemia. A taxa de cancelamento de clientes de longo prazo também começou a aumentar. Embora a rotatividade da Netflix ainda seja melhor do que a média do setor, os dados indicam que o serviço não é insubstituível.

O mercado de TV por assinatura no Brasil voltou a registrar queda no mês de setembro. Segundo dados da Anatel, o país conta com 12,68 milhões de assinantes, uma queda de 1,2% em relação ao mês anterior.

As quatro maiores operadoras representam 96,8% da base de assinantes. A Claro lidera o mercado com 5,32 milhões de assinantes - perdeu 15,2% da base nos últimos 12 meses. A Sky fechou setembro com 4,08 milhões de clientes. Na sequência, Oi e Vivo contam, respectivamente, com bases de 1,87 milhão e 1 milhão de assinantes.

"Viva a democracia!"

Saudação de Milton Nascimento após cantar "Coração de Estudante", no emocionante show que marcou a sua despedida dos palcos e foi transmitido ao vivo pelo Globoplay