Romário desiste da candidatura a prefeito do Rio de Janeiro
Do UOL, em São Paulo
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José Lucena - 20.jun.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo
O senador Romário Faria (PSB) quando anunciou que disputaria a Prefeitura do Rio
O senador Romário Faria (PSB-RJ) desistiu de se candidatar à Prefeitura do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada na tarde de quinta-feira (21) pela assessoria de imprensa da executiva nacional do partido.
Romário comunicou sua decisão ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ao secretário-geral e ex-senador Renato Casagrande e ao secretário-geral do partido no Rio, Marcos San, em reunião realizada em um hotel da zona do sul do Rio de Janeiro.
O UOL apurou que o PSB negocia seu apoio a dois pré-candidatos: o senador licenciado Marcelo Crivella (PRB) e o deputado federal Alessandro Molon (Rede). Crivella, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que há negociações em andamento para obter o apoio do PSB.
Em entrevista a jornalistas, após o término da reunião, o ex-senador Renato Casagrande afirmou que Romário justificou sua decisão ao afirmar que detinha pesquisas que mostravam que seus eleitores não queriam que ele disputasse a Prefeitura do Rio. Por meio de sua assessoria, Romário afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto. Ele também deixará as presidências dos diretórios estadual e municipal do PSB no Rio.
Pré-candidato
A desistência de Romário acontece pouco mais de um mês após ele ter anunciado seu pré-candidatura a prefeito do Rio. Em pesquisas recentes, Romário sequer constava nos cenários eleitorais desenhados pelos institutos. Nos levantamentos anteriores, porém, ombreava com o também senador Marcelo Crivella (PRB) na liderança pela preferência dos eleitores, ambos em torno de 30%, informou à época o jornal "Valor Econômico".
"Me sinto totalmente legitimado para ser pré-candidato. Tive 1,8 milhão de votos na capital. Qualquer parlamentar que teve essa representatividade poderia estar aqui", disse Romário, quando anunciou em 20 de junho que era pré-candidato.
Três meses antes, Romário rompeu politicamente com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). "Acabei de sair do gabinete do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Devolvi a ele a secretaria de esporte do município, administrada no último ano pelo secretário Marcos Braz [indicado por Romário]", escreveu à época o senador em suas redes sociais.
Ministério do Esporte
Em maio, após votar pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o nome de Romário foi especulado para assumir o Ministério do Esporte na gestão interina de Michel Temer (PMDB). Porém, outro carioca acabou sendo nomeado para o cargo, o peemedebista Leonardo Picciani. Em 1º de junho, o senador Romário renunciou à vaga de titular na comissão especial do impeachment no Senado, e foi substituído pela senadora Lúcia Vânia (PSB-GO). Ao anunciar sua decisão em nota, Romário fez críticas ao presidente interino, Michel Temer.
Na eleição de 2014, o ex-jogador de futebol obteve 4.683.963 votos (63,43% dos votos válidos) para o Senado.