Três candidatos a prefeito do Rio terminam campanha com contas no vermelho

Gustavo Maia*

Do UOL, no Rio

  • Montagem/Thiago Ribeiro/FramePhoto/Agência O Globo/ Gustavo Serebrenick / Brazil Photo Press / Agência O Globo

    Os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro Carlos Roberto Osorio (PSDB), Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PCdoB)

    Os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro Carlos Roberto Osorio (PSDB), Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PCdoB)

O primeiro turno das eleições municipais acabou no último domingo (2), mas para três dos oito candidatos que ficaram pelo caminho no Rio de Janeiro, as contas de campanha estão no vermelho.

Carlos Roberto Osorio (PSDB), que terminou em sexto lugar, aparece em sua última prestação de contas --do dia 30 de setembro-- com uma dívida de pouco mais de R$ 1,1 milhão, a maior dentre os participantes do pleito. Os deputados estaduais Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PCdoB) também tiveram arrecadação menor que as despesas contratadas, com R$ 222.838,90 e R$ 41.256,42 negativos, respectivamente.

Concorrentes no segundo turno, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) estão com saldo positivo de R$ 80.785,32 e R$ 195.443,25, segundo prestações de terça e segunda, respectivamente.

Com arrecadação mais de seis vezes maior que a de Freixo –cerca de R$ 4,6 milhões a R$ 760 mil--, o candidato do PRB registrou quase a totalidade em despesas. Este valor é mais de oito vezes superior ao do candidato do PSOL (aproximadamente R$ 565 mil).

Por outro lado, Pedro Paulo (PMDB), que ficou em terceiro lugar no pleito, com 16,12% dos votos válidos, não tem com o que se preocupar. Conforme a última prestação disponível no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apresentada na segunda-feira (3), a campanha do aliado do prefeito Eduardo Paes (PMDB), campeão de arrecadação nessas eleições, com mais de R$ 9,1 milhões, tem saldo positivo de mais de R$ 3 milhões entre os recursos recebidos e as despesas contratadas.

De acordo com resolução do TSE, os candidatos que não foram ao segundo turno têm até o dia 1º de novembro para fazer a prestação de contas final. Os valores que restarem devem ser devolvidos aos partidos dos candidatos, que também são responsáveis pelas eventuais dívidas.

O tribunal estabeleceu ainda que as sobras de campanhas devem ser transferidas às legendas até a data prevista para a apresentação das contas à Justiça Eleitoral. Cada candidato tem que atualizar as prestações a cada 72 horas. Quem não o fizer, pode ser considerado irregular.

Quarto lugar no pleito, Indio da Costa (PSD) aparece com sobra de R$ 125.392,70; Alessandro Molon (Rede), de R$ 47.971,33; Carmen Migueles (Novo), de R$ 32.629,38; e Cyro Garcia (PSTU), que teve a menor arrecadação entre todos os candidatos (R$ 17.737,01), acabou com R$ 10.176,41 em caixa.

Dívidas e sobras

Procurada pela reportagem do UOL a assessoria de imprensa de Osorio destacou que o balanço não está fechado e que o "sistema de arrecadação ainda está aberto". "Vai ser tudo quitado, sem problemas", informou.

As assessorias de Bolsonaro e Jandira informaram que os respectivos partidos vão assumir as dívidas. "A campanha seguiu a orientação do TRE de divulgar todos os contratos firmados desde o início, reafirmando seu compromisso com a transparência", acrescentou a candidata do PCdoB, em nota.

Na terça-feira (4), a reportagem procurou a assessoria de Pedro Paulo, que por telefone solicitou que os questionamentos fossem feitos por e-mail. Desde então, o UOL fez outros telefonemas diários --não atendidos--, enviou outro e-mail e mensagens por WhatsApp, sem sucesso.

Thiago Ribeiro/FramePhoto/Agência O Globo/Reprodução/TV Globo
Marcelo Crivella (esq.) e Marcelo Freixo disputam o segundo turno da eleição

*Colaborou Paula Bianchi

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos