Ibope e Datafolha indicam disputa indefinida em Belo Horizonte
Do UOL, em Brasília e em São Paulo
Pesquisas Ibope e Datafolha sobre a corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte divulgadas neste sábado (29), um dia antes do segundo turno das eleições municipais, apontam que a disputa está indefinida, com o candidato Alexandre Kalil (PHS) numericamente à frente de João Leite (PSDB), mas empatados tecnicamente no limite da margem de erro. No primeiro turno Leite terminou na frente, com 33,4% dos votos. Já Kalil teve 26,6%.
Considerando-se a contabilização do que seriam os votos válidos (excluindo as intenções de votos que, na pesquisa, foram contabilizadas como brancos, nulos, não sabem e não responderam), a pesquisa Ibope indica que Alexandre Kalil está com 53% das intenções de voto, contra 47% de João Leite. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, ela indica um empate técnico.
Somando o total de votos (incluindo brancos, nulos, não sabem e não responderam), Kalil está com 42% das intenções de votos, contra 37% de Leite. Brancos e nulos somam 18%, e 3% não sabem ou não responderam.
A pesquisa Ibope, registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) com o número MG-06989/2016, foi encomendada pela Rede Globo. O nível de confiança estimado é de 95%. Foram ouvidas 1.204 pessoas entre os dias 28 e 29 de outubro.
Datafolha
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, Kalil tem 52% das intenções de votos válidos e Leite tem 48%. O resultado indica um empate técnico, porque a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Levando-se em conta o total de votos (incluindo brancos, nulos e indecisos), Kalil aparece com 37% das intenções, contra 34% de Leite. Nulos e brancos somam 19%, e 10% estão indecisos ou não quiseram opinar.
A pesquisa Datafolha, registrada no TSE com o número MG-03801/2016, foi encomendada pela Folha de S.Paulo. O nível de confiança estimado é de 95%, e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram ouvidas 1.973 pessoas em Belo Horizonte entre os dias 28 e 29 de outubro.
Campanha
O candidato do PSDB é apoiado por uma coligação de seis partidos e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do partido e principal liderança tucana no Estado. Kalil tem o apoio de três partidos em sua coligação e vem adotando na campanha o discurso de ser um candidato de fora do mundo político e se apresenta como um "gestor".
João Leite, 61, foi goleiro do Clube Atlético Mineiro por 12 anos, vereador em Belo Horizonte por um mandato e é deputado estadual há seis mandatos consecutivos pelo PSDB em Minas Gerais.
Empresário do segmento de construção civil, Alexandre Kalil, 57, foi diretor e presidente do Clube Atlético Mineiro, num período de grandes vitórias do time, como a conquista da Libertadores, em 2013.
No último debate na TV, realizado na sexta-feira (28), pela TV Globo, João Leite e Kalil mantiveram os ataques mútuos presenciados durante a campanha e buscaram vincular o adversário a lideranças políticas mineiras.
Enquanto Kalil procurou ligar a candidatura de Leite ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o candidato tucano acusou Kalil de esconder o apoio que receberia do governador Fernando Pimentel (PT).
João Leite voltou a acusar Kalil de ter dívidas previdenciárias na Justiça com empregados de suas empresas, e de "gritar" com essas pessoas. Kalil respondeu que Leite "nunca teve uma loja de vitamina" e que não saberia dirigir empresas "com 150 mil empregados", a exemplo dele.
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