Câmara tem que reagir à ingerência do Supremo, diz Marco Maia sobre cassação de mandatos
Da Agência Câmara, em Brasília
18/12/2012 17h07
O presidente da Câmara, Marco Maia, voltou a afirmar há pouco que a Casa tem de reagir ao que ele considera ingerência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Parlamento – a decisão de que haverá perda automática dos mandatos dos deputados condenados no processo do mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Porém, Maia considerou que houve um avanço em relação à primeira notícia de que haveria perda imediata dos mandatos. Na avaliação dele, o STF recuou para esperar a decisão transitada em julgado e à publicação do acórdão. Segundo o presidente, como isso poderá demorar até seis meses, a Câmara deve se preparar para impedir que o poder de cassação de deputados lhe seja usurpado.
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Ele avaliou que não há uma crise entre os Poderes e disse que a decisão final sobre o caso ainda está longe.
Ato para Lula
Marco Maia participou, no Salão Verde, de ato público do PT em desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo o partido tem sido vítima de uma conspiração “golpista” de setores conservadores. Maia disse ter verificado, em outros países, como o ex-presidente é bem visto, e, seguindo o mote da campanha, ressaltou que “quem mexer com Lula mexe com o povo brasileiro”.