Falas de Feliciano incitam ódio e preconceito, diz ministra de Direitos Humanos
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), afirmou nesta segunda-feira (8) que a cada nova declaração do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, ele incita “o ódio e o preconceito” em minorias.
Segundo a ministra, cada novo pronunciamento do deputado incita "ódio e preconceito". "(Isso) já ultrapassa as barreiras da Comissão na Câmara dos Deputados, diz respeito a todos nós, brasileiros e brasileiras. (...) No Brasil, não devemos ter espaço para isso. Não tenhamos intolerância, Tenhamos respeito”, avaliou a ministra.
Na avaliação da ministra, as pessoas públicas têm de medir a repercussão de suas falas.
“As declarações que motivam a intolerância devem ser pensadas com muita responsabilidade pública por todas as autoridades e de todo o país porque o Brasil conquistou a convivência entre diferentes como grande aspecto da democracia”, reforçou a ministra.
Maria do Rosário disse ainda que o Executivo não cogita fazer nenhuma intervenção nas ações do Legislativo, mas cobrou uma solução por parte dos deputados e até do Ministério Público sobre a manutenção de Feliciano no posto, após uma série de declarações dele consideradas homofóbicas e racistas.
“A Câmara, certamente, encontrará uma solução ou o próprio Ministério Público porque incitar a violência e o ódio é atitude ilegal, inconstitucional e as autoridades também estão sujeitas à lei”, concluiu.
A declaração da ministra foi dada após sua visita à exposição em memória das vítimas do Holocausto inaugurada hoje no Salão Negro do Congresso Nacional. Pela manhã, os senadores realizaram uma sessão especial para lembrar os 70 anos da insurreição dos judeus no Gueto de Varsóvia.
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