Inflação é 'sobressalto' que não vai interromper crescimento, diz Lula no Sul
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (13) em Canoas (região metropolitana de Porto Alegre) que não é um “um sobressalto ou outro” na economia que o Brasil vai sair do rumo do crescimento e da distribuição de renda. Em entrevista aos jornalistas no encerramento do Fórum de Autoridades Locais de Periferia, Lula disse que uma inflação de 5,8% ao mês não pode ser comparada ao cenário de mais de 80% ao mês que o país viveu recentemente.
“É muito engraçado porque algumas pessoas querem ter memória curta. Eu estava dentro de uma fábrica, e não faz muito tempo, quando a inflação era 80% ao mês. Hoje você tem uma inflação de 5,8% ao ano. E aqueles que foram responsáveis pela inflação a 80% ao mês estão incomodados com a inflação a 5,8% ao ano. Lógico que para quem vive de salário, quanto menor for a inflação, melhor. Mas eu tenho convicção de que a Dilma, como nós a conhecemos, jamais vai permitir que volte a inflação”, disse.
Em 2012, segundo o IPCA, a inflação no Brasil fechou em 5,84%. No governo do atual senador José Sarney (PMDB), a inflação oficial chegou a 80% na década de 1980. Lula se disse ainda mais otimista com o futuro do Brasil do que quando estava à frente da presidência da República. Segundo ele, poucos países do mundo têm uma perspectiva de futuro garantido como o Brasil.
Não ao cenário "otimista"
“Um país que tem a quantidade de obras que estão sendo colocadas para licitação, um país que tem todo um pré-sal a ser explorado, uma fonte de petróleo extraordinária, um país que tem um potencial de crescimento do mercado interno que tem o Brasil, e com a perspectiva de crescimento da economia americana, acho que o Brasil não tem que ter preocupação. Os brasileiros não têm quer ter preocupação”, afirmou. Ao ser questionado sobre se o cenário otimista não lhe animava a disputar um terceiro mandato presidencial, Lula respondeu apenas com um não.
Segundo o ex-presidente, o Brasil aprendeu a controlar os gastos públicos. “Neste país não se brinca com responsabilidade fiscal, neste país não se gasta mais do que se ganha, este país aprendeu a fazer bem isso, e eu acho que é isso que vai dar a solidez necessária para que Brasil tenha um futuro cada vez melhor e que daqui a alguns anos sejamos a quinta economia do mundo”, disse.
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