Protesto em Belo Horizonte reúne cerca de 30 mil pessoas, diz PM
Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte
15/03/2015 12h02Atualizada em 15/03/2015 21h46
Usando camisas amarelas e cantando o hino nacional, cerca de 30 mil pessoas ocupam as proximidades da praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG), protestando contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo a Polícia Militar.
Todas as ruas do entorno da praça, que abriga um complexo de nove museus, estão fechadas. Os museus, inclusive o Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual, não foram abertos, mas a tradicional lanchonete Xodó, há quatro década ali, funcionava e por isso tinha enormes filas.
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Por volta de 12h, cerca de 10 mil pessoas, de acordo com o cálculo da PM, saíram em passeata até a praça da Savassi e ocuparam a avenida Cristóvão Colombo. Outras 5.000 pessoas desceram em passeata pela rua Espírito Santo, em direção à praça Sete, no centro da cidade.
Os manifestantes foram aplaudidos por populares e moradores dos prédios por onde passavam. Grupos de dezenas de pessoas ocuparam esquinas, cantando e gritando palavras de ordem contra o governo.
"Nem a torcida do Galo e do Cruzeiro juntas conseguiriam reunir tanta gente. Hurra", afirmou o estudante do ensino médio Gladystone Oliveira, 17. "Hurra, hurra, a Dilma vai cair", completou o atleticano. Ele informou que fará manifestação durante todo o domingo: "vou (protestar) até a noite".
O clima é de festa e de absoluta tranquilidade. Grupos que pregam o retorno dos militares ao poder, além do impeachment da presidente, participam do protesto sem serem incomodados ou hostilizados por outros grupos. "Queremos uma intervenção militar, mas dentro da lei", afirmou a administradora Paula Dantas Guimarães, 46.
Em inglês, um grupo pediu a intervenção militar "dentro da lei": "Constitutional Military Intervention Already"!!!", dizia o cartaz carregado por eles.