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Pré-candidato ao Planalto, tucano Arthur Virgílio diz que não aceita apoio do PMDB

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, durante a 14ª Convenção Nacional do PSDB - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, durante a 14ª Convenção Nacional do PSDB Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

09/12/2017 12h58Atualizada em 09/12/2017 16h57

Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, afirmou neste sábado (9) que, se for escolhido como candidato nas próximas eleições presidenciais, não aceitará aliança com o PMDB ou com o PP.

"Eu não aceito o apoio do PMDB. Eu não aceito o apoio do PP. Eu não aceito apoios espúrios, e eu acredito que com três, quatro minutos [de TV], de coisas bem ditas, de coisas corretas, nós vamos derrotar a farsa do facista homofóbico e do meliante que quer voltar a ser presidente da República", disse.

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Virgílio falou ao discursar na Convenção Nacional do PSDB, que elegeu o governador de São Paulo, Geraldo  Alckmin, como presidente da sigla.

O prefeito de Manaus disse que não abre mão de disputar prévias para a definição do candidato do PSDB em 2018, tendo sido vaiado por uma parte pequena da plateia nesse momento.

Como resposta, o prefeito de Manaus disse que preferia dirigir vaias ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato ao Planalto, que tem aparecido na segunda posição nas pesquisas eleitorais.

Virgílio chamou Bolsonaro de “fascista, homofóbico”, e afirmou defender o casamento homoafetivo, ao contrário do deputado federal.

"Vaiem à vontade, mas eu acho de mau gosto vaiar a mim. Vaiem Bolsonaro. E me aplaudam se eu derrotar Geraldo Alckmin", disse.

"[As vaias] prefiro dirigi-las ao fascista, homofóbico Bolsonaro", afirmou Virgílio.

"E eu digo que sou completamente a favor do casamento homoafetivo, porque eu acredito no amor. E qualquer tema que me seja perguntado será respondido nesse nível de sinceridade", disse.

 No PSDB havia a expectativa de que a convenção pudesse já confirmar a escolha de Alckmin como candidato, mas a decisão foi adiada após Virgílio insistir em disputar a indicação.

O governador de São Paulo disse não ver problema no adiamento da definição do partido no nome para 2018.

"Não vejo nenhum problema. O Arthur Virgílio é um bom companheiro, foi um dos melhores senadores que nós tivemos, é um grande prefeito, tem legitimidade", disse, em entrevista após o evento.

Eleições 2018

Pesquisa Datafolha divulgada no dia 2 deste mês apontou Alckmin empatado numericamente em quarto lugar com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%). 

Nesse cenário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 34% e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fica na segunda posição, com 17%. Marina Silva (Rede) aparece com 9%, mas tecnicamente empatada com Alckmin, Ciro e Barbosa.

A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

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