Pré-candidato ao Planalto, tucano Arthur Virgílio diz que não aceita apoio do PMDB
![O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, durante a 14ª Convenção Nacional do PSDB - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/21/2017/12/09/9dez2017---o-prefeito-de-manaus-arthur-virgilio-neto-durante-a-14-convencao-nacional-do-psdb-para-a-escolha-do-novo-presidente-executiva-e-diretorio-do-partido-no-centro-de-convencoes-brasil-21-em-1512829870204_615x300.jpg)
Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, afirmou neste sábado (9) que, se for escolhido como candidato nas próximas eleições presidenciais, não aceitará aliança com o PMDB ou com o PP.
"Eu não aceito o apoio do PMDB. Eu não aceito o apoio do PP. Eu não aceito apoios espúrios, e eu acredito que com três, quatro minutos [de TV], de coisas bem ditas, de coisas corretas, nós vamos derrotar a farsa do facista homofóbico e do meliante que quer voltar a ser presidente da República", disse.
Veja também:
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- Carlos Melo: O dilema de Geraldo Alckmin
Virgílio falou ao discursar na Convenção Nacional do PSDB, que elegeu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como presidente da sigla.
O prefeito de Manaus disse que não abre mão de disputar prévias para a definição do candidato do PSDB em 2018, tendo sido vaiado por uma parte pequena da plateia nesse momento.
Como resposta, o prefeito de Manaus disse que preferia dirigir vaias ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato ao Planalto, que tem aparecido na segunda posição nas pesquisas eleitorais.
Virgílio chamou Bolsonaro de “fascista, homofóbico”, e afirmou defender o casamento homoafetivo, ao contrário do deputado federal.
"Vaiem à vontade, mas eu acho de mau gosto vaiar a mim. Vaiem Bolsonaro. E me aplaudam se eu derrotar Geraldo Alckmin", disse.
"[As vaias] prefiro dirigi-las ao fascista, homofóbico Bolsonaro", afirmou Virgílio.
"E eu digo que sou completamente a favor do casamento homoafetivo, porque eu acredito no amor. E qualquer tema que me seja perguntado será respondido nesse nível de sinceridade", disse.
No PSDB havia a expectativa de que a convenção pudesse já confirmar a escolha de Alckmin como candidato, mas a decisão foi adiada após Virgílio insistir em disputar a indicação.
O governador de São Paulo disse não ver problema no adiamento da definição do partido no nome para 2018.
"Não vejo nenhum problema. O Arthur Virgílio é um bom companheiro, foi um dos melhores senadores que nós tivemos, é um grande prefeito, tem legitimidade", disse, em entrevista após o evento.
Eleições 2018
Pesquisa Datafolha divulgada no dia 2 deste mês apontou Alckmin empatado numericamente em quarto lugar com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%).
Nesse cenário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 34% e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fica na segunda posição, com 17%. Marina Silva (Rede) aparece com 9%, mas tecnicamente empatada com Alckmin, Ciro e Barbosa.
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