Dono da Rodrimar diz que ouviu de Temer "vou ver o que posso fazer", mas nega parceria
Em depoimento à Polícia Federal, após ser preso por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), o empresário Antonio Celso Grecco, dono do Grupo Rodrimar, negou ter qualquer tipo de "parceria" com o presidente Michel Temer (MDB) ou com o empresário João Baptista Lima Filho, coronel da reserva da Polícia Militar.
Grecco foi preso na operação Skala, que investiga se Temer recebeu propina para beneficiar empresas do setor portuário.
O dono da Rodrimar negou qualquer tipo de irregularidade ou conhecimento de esquemas ilícitos. O empresário deu a resposta ao ser perguntado sobre um documento datado de 1998, no qual é indicado um suposto repasse de R$ 600 mil da Rodrimar para as iniciais MT, MA e L. O documento consta de inquérito sobre irregularidades no Porto de Santos que foi arquivado pelo STF, mas pôde ser anexado à atual investigação contra Temer.
À PF, Grecco afirmou desconhecer tal documento e disse que "nega qualquer 'parceria' com Michel Temer, Marcelo Azeredo e coronel Lima", segundo consta no termo de depoimento.
Marcelo Azeredo foi presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). Ele não está entre os alvos da Operação Skala.
No depoimento, Grecco também afirmou que o presidente Temer teria dito "vou ver o que posso fazer" sobre um projeto da Rodrimar no Porto de Santos, mas, segundo o empresário, nada foi feito pelo governo sobre o caso. O projeto tratava da criação de um terminal para celulose no porto.
No termo de depoimento, o empresário não especifica quando, e em quais circunstâncias, teria ouvido a frase de Temer.
Em depoimento prestado em dezembro, Grecco afirmou que se encontrou com Temer uma vez na Vice-Presidência da República, em 2013 ou 2014, para tratar de questões do setor portuário.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Presidência da República nega que o decreto dos Portos tenha beneficiado a Rodrimar. "A mais rasa leitura do decreto teria enterrado, no ano passado, o pedido de abertura de tal investigação pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. O fato é que a Rodrimar não se encaixa neste parágrafo, neste artigo, no todo do decreto ou na sua interpretação”, diz a nota do Planalto.
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