Ministro Jungmann faz balanço e aponta queda nas mortes violentas no Brasil
Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
21/12/2018 13h10
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann fez um balanço de sua gestão e citou dados de organizações não governamentais e privadas para afirmar nesta sexta-feira (21) que o número de mortes violentas no Brasil caiu 12,4% de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Criado em fevereiro deste ano, o Ministério da Segurança Pública será incorporada em 2019 à da Justiça, que durante o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), será comandada pelo ex-juiz federal Sergio Moro.
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Os dados citados pelo ministro são do Monitor da Violência, projeto do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o site de notícias G1 e com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo os dados divulgados por Jungmann, de janeiro a setembro deste ano foram registradas 39,2 mil mortes violentas em todo o país. No ano passado, no mesmo período, esse número foi de 44,5 mil mortes.
A estatística de mortes violentas abrange vítimas de crimes violentos como assassinatos, latrocínios (roubo que termina em morte) e lesões corporais seguidas de morte.
A queda foi verificada em 24 estados e no Distrito Federal. Apenas Tocantins e Roraima não registraram queda nas mortes violentas.
Jungmann disse acreditar que a tendência deverá se manter nas estatísticas dos últimos três meses do ano, de outubro a dezembro, que ainda não foram contabilizadas.
"Ainda que tenhamos três meses pela frente, eu acredito que esses números não venham a variar muito", disse.
O ministro afirmou que esta é a primeira vez em que uma queda desse nível é registrada nas estatísticas de mortes violentas.
"Uma queda como essa a nível nacional não tem paralelo, não há registro de uma queda como essa", disse Jungmann.
"Esses números representam uma tendência nacional de queda de homicídios", ele afirmou.
Questionado sobre o que acha do fim do ministério da Segurança, ele lamentou, dizendo que talvez fosse melhor manter a pasta. Mas, evitou criticar e chamou Moro de qualificado.
"Não é um equívoco, mas se você tivesse continuado focado, talvez fosse melhor"