Santos Cruz discorda de "despetização", mas sugere afastamento voluntário
O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, discordou nesta terça-feira (8) com o que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), chamou de "despetização" do governo, mas sugeriu que ativistas de partidos políticos, como do próprio PT, se afastem voluntariamente.
Santos Cruz afirmou que, assim como na Casa Civil, pretende fazer exonerações na Secretaria de Governo nesse início de governo, mas que não "trabalha com esse sistema" de dispensar pessoas pela preferência partidária. Segundo ele, serão feitas avaliações com os atuais servidores para decidir quem fica ou não.
"Exoneração é normal. Não trabalho com esse sistema. É uma questão até de revisão da estrutura. [...] O critério é de capacitação profissional. Eu acho que a pessoa que é um ativista de um partido, como o PT, é até uma obrigação moral dela de pegar e se afastar daquela administração", afirmou.
O ministro informou que passou a primeira semana de governo avaliando a estrutura da Secretaria de Governo, que agora engloba a Secretaria de Comunicação. Um dos exemplos de mudança é que o formato da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) será revisto, e reuniões para tratar do assunto seguem em curso nesta terça, disse.
Pela manhã, Santos Cruz participou de reunião ministerial junto ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao primeiro escalão do governo. Embora Onyx Lorenzoni já tenha dito que seriam discutidas medidas prioritárias para os 100 primeiros dias de gestão, Santos Cruz disse que foram apresentadas ações de cada pasta sem um prazo específico. Mais cedo, o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, afirmou não haver "esboço" nem lista de tais medidas.
Santos Cruz informou que, além do trabalho desenvolvido pelos ministérios, foram discutidos segurança pública, incluindo a crise de violência no Ceará, e transparência na administração pública.
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