PF: Moraes pede à PGR manifestação por suposta interferência de Bolsonaro
Do UOL, em São Paulo
02/09/2022 12h57
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deu prazo de 15 dias para a PGR (Procuradoria-geral da República) se manifestar sobre o relatório final da PF (Polícia Federal) que apontou suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corporação.
A manifestação foi solicitada por Moraes no inquérito aberto a partir de denúncia do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), que acusou o chefe do Executivo de interferir na PF para proteger familiares e aliados políticos em investigações.
O relatório final da corporação disse não ter identificado crimes cometidos por Bolsonaro. O inquérito apura se o presidente teria cometido os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada.
Moro também acusou Bolsonaro de denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
PF descartou interferência
Segundo a PF, em relatório final apresentado em março deste ano, a corporação disse que não encontrou "nenhuma prova consistente" da interferência de Bolsonaro.
Além disso, o órgão afirmou que todas "as testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações".
Apesar de o relatório ter sido encaminhado em março aos autos do inquérito que tramita no STF, a PGR não se manifestou, até o momento, sobre ele.