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Presidente do PSB critica acordos do governo Lula com centrão: 'Anomalia'

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira Imagem: Humberto Pradera: Divulgação

Colaboração para UOL, em Salvador

21/07/2023 17h57Atualizada em 21/07/2023 18h00

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, criticou hoje os acordos mantidos pelo governo Lula (PT) com o centrão. A crítica aparece em meio à possibilidade da sigla perder cargos e ministérios.

O que aconteceu

Siqueira disse que os ex-apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) devem seguir na oposição. "Quem apoiou Bolsonaro no primeiro e no segundo turno, devia se render a ser oposição, e não estar no governo. Isso é uma anomalia do sistema que nós precisamos mudar. E acho um erro fazer isso [negociação] em torno de ministérios. Governo se faz em torno de ideias", declarou em entrevista à GloboNews.

O presidente do PSB cobrou que os cargos da sigla no governo sejam mantidos. "Achamos importante que o PSB mantenha os espaços que lhe foram oferecidos, porque o PSB não foi apenas importante durante a campanha eleitoral, mas o PSB também joga um papel importante no próprio governo", acrescentou.

Carlos Siqueira afirmou que não recebeu nenhuma sinalização do governo sobre mudanças em pastas ou cargos do PSB, e que o governo deveria agradecer pela presença do partido na administração federal.

"O PSB pode perder todos os ministérios e continuar apoiando o presidente Lula. O PSB não faz barganha. Ele vai apoiar o governo em qualquer circunstância", acrescentou.

Centrão

Pressionado por mais cargos no primeiro escalão, o governo Lula não descarta fazer trocas de partidos aliados, como PCdoB e PSB, na Esplanada dos Ministérios para acomodar o centrão.

Sem maioria, o governo tem avaliado que sai em desvantagem toda vez que tem de recorrer às emendas para aprovar projetos importantes no Congresso. Para resolver, já tem aberto a torneira no segundo escalão e, internamente, não nega realocar indicações ministeriais.

Entre as "vagas" debatidas, Lula tem negado pessoalmente as pastas da Saúde e do Esporte, ocupadas por duas mulheres das respectivas áreas, sem influência partidária, e do Desenvolvimento Social, liderada por um petista. Sobra, então, para partidos que compuseram a chapa original da campanha petista, como PCdoB e PSB, as atenções de União Brasil, PP e Republicanos.

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