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Sakamoto: Lula quer receita e justiça social ao propor taxar super-ricos

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/08/2023 19h36

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto falou no UOL News desta segunda-feira (2*) sobre a MP assinada pelo presidente Lula (PT) para tributar fundos de super-ricos.

O governo quer fazer receita e também por uma questão de justiça social. O Haddad foi muito feliz quando falou: 'não é uma questão Robin Hood'. Tem muita gente que diz que querem tirar dos ricos para dar para os pobres. A questão é outra, a questão é que o sistema tributário brasileiro é um Robin Hood às avessas. O sistema tributário brasileiro tira dos pobres para dar para os ricos.

A classe média paga mais impostos que os super-ricos, proporcionalmente. Só que o pessoal não se importa ou faz de conta que não se importa. Protege-se uma camada da sociedade.

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Sakamoto: Forças Armadas deveriam fazer 'mea culpa' e não pressionar governo por aumento

Leonardo Sakamoto também falou sobre uma reportagem da Folha de S.Paulo que mostra que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, enviou ao presidente Lula um pedido para o aumento do salário de militares em 9%.

Esse pleito dos militares tem acontecido desde o começo do ano, a ideia é equiparar, já que os servidores federais civis tiveram aumento de 9%. A questão é que os servidores civis não tiveram nenhum aumento novo aprovado durante os quatro anos de governo de Jair Bolsonaro. E os militares tiveram a reestruturação da carreira, que significou o acréscimo de penduricalhos aqui e ali, reajustes.

Sakamoto falou também sobre o momento das Forças Armadas. Para o colunista, o momento atual é de fazer um 'mea culpa' e não de pressionar o governo por um aumento salarial.

As Forças Armadas deveriam estar fazendo um 'mea culpa' e repensando sua estrutura e não pressionando um governo civil para ter um aumento, ter mais privilégios do que eles já tiveram nos últimos quatro anos.

Os oficiais deveriam estar abrindo mão dos privilégios em detrimento aos praças, mas a gente sabe que não é isso que acontece. Na prática, os soldados estão entendendo e vendo o que é desigualdade social diante do privilégio dos oficiais.

Bolsonaro sequestrou cores nacionais para intenções golpistas, diz Sakamoto

Leonardo Sakamoto também comentou a respeito da tentativa do governo Lula em reverter a politização das Forças Armadas e de alguns símbolos nacionais durante o evento de 7 de setembro. Segundo o colunista, o sequestro das cores nacionais começou entre 2015 e 2016, antes do impeachment de Dilma Rousseff.

O bolsonarismo, como herdeiro daquele processo, se apropriou daquelas cores e durante os quatro anos do governo o Bolsonaro fez a mesma coisa, basicamente era: quem usa amarelo está comigo, quem não usa está contra mim.

Só que o amarelo e o verde não pertencem ao Bolsonaro, são as cores de símbolos pátrios. Durante o 7 de setembro de 2021 e 2022, Jair Bolsonaro sequestrou as cores nacionais parra intenções golpistas.

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