Caso Marielle: Chiquinho Brazão diz que provará inocência e quer retratação
Colaboração para o UOL, em São Paulo
24/04/2024 13h33Atualizada em 24/04/2024 14h03
O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018, disse hoje que irá provar a sua inocência e pedirá a retratação de quem o acusa.
O que aconteceu
Brazão participou virtualmente de sessão do Conselho de Ética da Câmara. O parlamentar fez o pronunciamento por meio de uma videoconferência, e rebateu as acusações sobre a morte da vereadora do PSOL, além de culpar colegas e a mídia pela repercussão de sua prisão. Ele está detido há mais de um mês.
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O que eu posso falar em minha defesa é que sou inocente e vou provar. Sei que não há muito o que dizer. Pela grande relevância desse crime, eu sei como a Câmara está nesse momento, mas, ao final de tudo isso, eu provarei a minha inocência e [gostaria de pedir] que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos, se retratar.
Trecho da fala de Chiquinho Brazão
"Porque meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos estão com certeza sofrendo muito devido à opinião popular. O alcance da palavra de um deputado é muito grande. Eu vou me resumir a dizer que sou inocente, provarei a minha inocência, e que compreende o momento que vocês estão passando, com uma grande mídia forçando em cima", acrescentou.
Parlamentar teve a prisão preventiva mantida pelo plenário da Casa, no início de abril. No entanto, ele não perdeu o mandato de deputado federal. Em paralelo, tramita no Conselho de Ética uma representação que pode levar à perda do cargo.
Pedido de cassação feito pelo PSOL. O partido argumenta que a cassação do deputado é necessária para impedir que ele se beneficie do cargo para obstruir a Justiça. Brazão foi expulso do União Brasil em 24 de março, quando foi deflagrado o mandado de prisão preventiva contra ele.
A Polícia Federal prendeu três pessoas apontadas como os mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em 14 de março. Segundo a investigação, a motivação para o crime seria a atuação da vereadora que teria começado a atrapalhar os interesses da família Brazão.