Silvio Almeida: Estamos na Parada para proteger a família, não o contrário

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania discursou na Parada LGBTQIA+ de São Paulo, que acontece neste domingo (2).

O que aconteceu

Silvio Almeida afirmou que a mobilização defende a família.

Nós estamos aqui, ao contrário do que dizem, para proteger as famílias. Eu não quero que nenhuma mãe tenha que chorar a morte de um filho. Eu não quero que nenhum pai tenha que chorar a morte do seu filho. Quero que todas as mães e os pais possam saber que seus filhos, independente de quem eles sejam, de como eles quiserem amar, que eles vão voltar pra casa vivos. Vão ter uma vida digna, vão ser respeitados.
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania

"Em nome das famílias brasileiras". O ministro reafirmou que a parada se mobiliza em nome do "amor verdadeiro", contra o ódio e contra a violência. Silvio Almeida defendeu ainda que quem apoia a dignidade da comunidade LBTQIA+ é quem é verdadeiramente a favor da família.

A defesa da "família" é usada por grupos políticos conservadores e religiosos para atacar direitos da população LGBTQIA+, como o casamento homoafetivo, por exemplo.

'LGBTs construirão a democracia brasileira'

A deputada federal Erika Hilton também discusou na Parada. Ela disse que o evento manda um recado para "essa gente cafona, feia, nefasta" e que "as LGTBs vão construir a democracia brasileira".

"Não abriremos mão da nossa humanidade. Marcharemos nesta tarde retomando a bandeira brasileira nas nossas mãos", disse a parlamentar.

A deputada fez ainda uma convocatória para as eleições municipais que acontecem este ano. "Não deixem de ir às urnas. Não deixem de votar. Não deixem de eleger políticos que representam vocês e os seus direitos", disse.

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Um dia todos nós subiremos a rampa do Palácio do Planalto. Erika Hilton

Voto e tom político. O tema da parada este ano é "basta de negligência e retrocesso no legislativo: vote consciente pelo direito da população LGBT+"

Compromisso com direitos. O evento convida cidadãos a se mobilizarem para elegerem representantes comprometidos com as causas da população LGBTQIA+, como, por exemplo, o casamento homoafetivo, que hoje só é possível por uma decisão do STF.

A parada deste ano também incentivou o uso de camisas com as cores da bandeira do Brasil. O item tem sido associado há anos a manifestações bolsonaristas.

A escolha tem relação com a participação de Pablo Vittar no show da Madonna, no Rio de Janeiro. Na apresentação, as duas estavam com as cores do Brasil.

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