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Governo do Paraná pede prisão de presidente do sindicato de professores

Walkiria Olegário Mazeto, presidente do APP-Sindicato Imagem: Reprodução/Facebook/@APP-Sindicato

Do UOL, em São Paulo

05/06/2024 12h08Atualizada em 05/06/2024 12h08

O governo do Paraná pediu nesta terça-feira (4) a prisão da presidente do APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) por descumprir decisão judicial ao manter greve.

O que aconteceu

A gestão de Ratinho Junior (PSD), via Procuradoria-Geral do Estado, argumenta que descumprimento caracteriza crime de desobediência. A representação que pede a prisão de Walkiria Olegário Mazeto é assinada pela procuradora Mariana Carvalho Waihrich.

Governo também pede que o sindicato seja multado em R$ 100 mil por dia e Walkiria, em R$ 10 mil por dia A greve foi suspensa por decisão do Tribunal de Justiça na semana passada, mas a PGE alega ter havido "total descaso" por parte do sindicato e de sua dirigente com a ordem e com a multa imposta anteriormente, no valor de R$ 10 mil por dia.

Sindicato diz estar tomando providências contra o pedido de prisão e para assegurar a legalidade da greve. "Tudo isso só confirma as atitudes antissindicais e ilegais deste governo, além de sua truculência contra o funcionalismo público, o autoritarismo e o abuso de poder desproporcional do Estado contra a organização dos trabalhadores da educação", afirma em nota.

Mobilização do sindicato ocorreu após o governo enviar projeto para privatizar a gestão das escolas estaduais. Ele foi aprovado na terça pela Alerp (Assembleia Legislativa do Paraná) e prevê que empresas serão responsáveis pela gestão das escolas selecionadas — a ideia é implementar em 200 — e de serviços terceirizados, como limpeza e segurança.

Professores, diretores e funcionários efetivos serão mantidos, de acordo com o texto. O sindicato argumenta que o projeto significa a privatização do ensino público. Para Walkiria, trata-se de um "cheque em branco" ao governador, porque não os critérios para a seleção das escolas não foram estabelecidos.

Secretaria da Educação informa 93% dos professores da rede estão trabalhando. Segundo nota divulgada na terça-feira (4), o cronograma de aulas foi mantido normalmente e, por isso, os estudantes devem continuar indo à escola, evitando prejuízos ao aprendizado.

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