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Moraes tira sigilo e cita 'estrutura infiltrada na Abin' sob Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

11/07/2024 12h11Atualizada em 11/07/2024 12h48

O ministro do STF Alexandre de Moraes tirou o sigilo da operação da PF deflagrada hoje para apurar desvios na Abin e a atuação do "gabinete do ódio" sob o governo Bolsonaro.

O que aconteceu

Moraes disse não ver mais necessidade de manter o caso em sigilo. "No caso dos autos, embora a necessidade de cumprimento das numerosas diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo à totalidade dos autos, é certo que, diante da realização das diligências pela Polícia Federal, não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade", afirmou o ministro.

A PF prendeu quatro pessoas na operação de hoje. A corporação também mira ex-integrantes da Abin durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, atual deputado pelo PL no estado do Rio de Janeiro e pré-candidato à Prefeitura do Rio.

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A PF diz que políticos e jornalistas foram espionados pela estrutura paralela da Abin. Entre eles, estaria o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Também estão na lista Rodrigo Maia (então presidente da Câmara dos Deputados), os deputados federais Kim Kataguiri e Joice Hasselmann, e os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. As jornalistas Mônica Bergamo e Vera Magalhães também aparecem na lista.

Os elementos condensados na representação policial revelaram que a estrutura infiltrada na Abin representava apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla, voltada ao ataque de opositores, de instituições e de sistemas republicanos, com atuação que não se restringia às investigações relacionadas à referida Agência Brasileira de Inteligência.
Alexandre de Moraes, ministro do STF

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