Lira diz que será 'colaborativo' com governo no projeto do IR
O deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que vai trabalhar de modo "republicano e colaborativo" na relatoria do projeto de lei que isenta o Imposto de Renda para quem ganhar até R$ 5.000 mensais.
O que aconteceu
Lira foi oficializado na função pelo presidente da Câmara. Hugo Motta (Republicanos-PB) publicou em seu perfil no X que o deputado alagoano foi o escolhido para relatar a proposta que será discutida em uma comissão especial, presidida pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA).
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Vamos trabalhar de modo republicano e colaborativo, dialogando com nossos pares na Câmara, com o governo, com a sociedade e com representantes de segmentos econômicos, uma vez que o tema é plural e envolve setores diversos.
Arthur Lira (PP-AL), relator do IR na Câmara
Projeto é promessa de campanha do governo Lula (PT). A proposta é uma das prioridades do governo no Congresso e tem potencial de melhorar a popularidade do governo. O levantamento da Quaest de ontem mostra que a desaprovação ao petista atingiu 56% em março.
Compensação para isenção é um dos pontos mais sensíveis. O texto elaborado pela equipe econômica propõe a cobrança de imposto mínimo para quem ganha R$ 50 mil por mês, o que equivale a R$ 600 mil por ano.
Queremos legar uma legislação justa ao país e aos contribuintes, sempre com base no compromisso de não aumentar a carga tributária, primando pela justiça fiscal e pelo equilíbrio das contas públicas.
Arthur Lira (PP-AL), relator do IR na Câmara
PP entregou sugestões a Motta e Lira. O presidente do PP, partido do deputado alagoano, sugeriu manter a isenção para quem recebe até R$ 5.000, mas propõe novas formas de compensação para proteger microempresas e profissionais liberais com a ampliação da faixa de corte para até R$ 150 mil em dividendos.
Comissão ainda não tem data para iniciar os trabalhos. Após a criação da comissão, os líderes precisam indicar os deputados que vão compor o colegiado. Após aprovação da proposta, o texto será votado no plenário da Câmara e depois no Senado.