É com um colchão no chão, um notebook emprestado e o filho de dois anos a tiracolo que a estudante Thais Figueira de Souza, 28, moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, busca aprovação no curso de comunicação social em uma das faculdades públicas do Rio de Janeiro. No fim de novembro, a mãe de Benedito fará seu primeiro Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Kika, como é chamada, se reveza entre os estudos e a maternidade. Sem recursos para bancar um curso preparatório e sem uma vaga em creche para Benedito, é durante a madrugada, enquanto o menino dorme, que ela dedica mais tempo para a revisão das matérias.
Consegue estudar cerca de seis horas por dia: quatro durante a madrugada e outras duas depois do almoço, quando um aparelho celular costuma distrair o garoto enquanto ela acompanha aulas gratuitas em plataformas na internet.