Carlos Augusto de Almeida Ramos passa o Réveillon com a esposa, Andressa Mendonça, na virada de 2016 para 2017. A foto vai parar no Instagram, junto com outras, como jantares com amigos em restaurantes, aniversários e outras reuniões de família. Sorrisos pra lá e pra cá como esperado.
É assim que Carlinhos Cachoeira, como é conhecido, responde em liberdade ao principal processo criminal em que já foi condenado -- uma pena de nada menos que 40 anos de cadeia. Hoje, em fins de 2018, segue livre, leve e solto, seis anos depois de receber a primeira sentença da Operação Monte Carlo. Ainda mora em Goiânia, depois de já ter sido preso e solto algumas vezes.
O bicheiro foi condenado em dezembro de 2012 por formação de quadrilha armada, corrupção ativa, desvio de dinheiro (peculato), violação de sigilo funcional e advocacia administrativa. Teria que pagar ainda R$ 3,8 milhões em multas, segundo a sentença do juiz Alderico Rocha.
Cachoeira deveria ir já para a cadeia? Deveria, caso ele fosse julgado em segunda instância e condenado mais uma vez pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), mas esse julgamento sequer é marcado. E demora... Para o Ministério Público, o caso está “encruado”, expressão do interior do Brasil para indigesto, mal cozido ou indisposto. O UOL mostra abaixo todos os passos dessa verdadeira novela que mantêm o Carlinhos solto. Veja a seguir.