Henrique trabalhava na construção civil como servente, mas há 18 anos passou a recolher material reciclável e o que era complemento de renda virou ganha-pão. Hoje, encara as ruas asfaltadas para tirar o sustento.
Próximo do limite com Camboriú —e longe da praia—, a dona de casa Valéria Machado, 59, também encontrou na reciclagem uma maneira de pagar as contas. "Eu recolho aqui na volta de casa mesmo. Antes a minha irmã me ajudava, mas agora faço sozinha."
Toda sexta-feira, o marido dela leva os materiais que ela recolheu até a reciclagem e consegue tirar entre R$ 80 a R$ 100. "Dá para pagar ao menos o gás, que está caro, né?"
Com o marido aposentado, ela até colocou algumas peças da casa para alugar. "Acabou de vagar essa aqui do lado. Tô pedindo R$ 800. Tomara que alugue logo", diz.