Por favor, chequem novamente os celulares e apaguem qualquer vídeo, imagem ou áudio com conteúdo religioso, pornográfico ou relacionado à Coreia do Norte. Os soldados entrarão para a revista em breve.
Assim, a guia repetia um dos avisos do dia anterior, apresentados na reunião obrigatória promovida pela agência de turismo. Já haviam informado que não é permitido levar lente fotográfica com zoom superior a 150mm, nem aparelhos de GPS (apesar de celulares serem permitidos). Também não poderíamos fotografar militares, construções em andamento, estações de trem ou partes de estátuas.
A lista de proibições na Coreia do Norte se seguia:
- Proibido tirar foto das imagens dos líderes se houver alguma obstrução, ainda que pequena.
- Proibido dobrar jornais ou revistas de modo que faça vinco no rosto dos líderes.
- Proibido jogar fora imagens dos líderes, o que inclui jornais.
Quanto às regras de vestimenta, o país se mostrou mais flexível com os turistas. Homens podem usar bermudas e chinelos, e mulheres podem vestir decotes e minissaias.
E mais do que proibições, reforçaram uma obrigação: deveríamos sempre, a todo momento, sob qualquer hipótese, seguir as ordens dos guias.
Na maior parte do tempo, eram três nos acompanhando: um britânico, da empresa que vende os pacotes de viagem, e dois funcionários do governo norte-coreano.
A visita ao país é inteiramente controlada, e os guias locais fixam itinerário e horários, que podem variar sem aviso prévio. Não é possível circular desacompanhado de um guia local. E a regra é seguida à risca: não é permitido dar um passo para fora do hotel sem eles. Não existe turismo independente no país.