Pesquisa questiona eficácia de vacina contra coqueluche nos EUA
Cientistas norte-americanos questionam a atual imunização contra a coqueluche nos Estados Unidos e pedem uma vacina mais eficiente. Um grande surto da doença, popularmente conhecida como tosse comprida no Brasil, matou 11 bebês e deixou 8.000 pessoas doentes na Califórnia, em 2010.
Segundo o estudo, a vacina atual, conhecida como DTaP, perde muita eficácia nos cinco anos que se seguem à quinta dose dada à criança, como recomendam os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Ela foi desenvolvida para proteger contra coqueluche, tétano e difteria ao mesmo tempo.
"Nossas descobertas sugerem que as medidas de controle da tosse coqueluche precisam ser reconsideradas. A prevenção de futuros surtos pode ser melhor alcançada com o desenvolvimento de novas vacinas para a doença ou a reformulação de vacinas existentes para fornecer uma imunidade duradoura", explicou Nicola Klein, principal autora do estudo.
Nos Estados Unidos, os centros recomendam que as crianças tomem cinco doses da vacina: a primeira aos dois meses de vida e a última entre os quatro e os seis anos, um pouco antes do início da vida escolar.
Para a pesquisa, os cientistas compararam 277 crianças com idades entre os 4 e os 12 anos com exames positivos para tosse coqueluche, 3.318 crianças com exames negativos e 6.086 indivíduos de controle, acompanhados separadamente.
O estudo foi o primeiro a se concentrar especificamente em uma grande população de crianças altamente imunizadas, que tinham tomado a DTaP desde o nascimento e que já estavam com idade para verificar o enfraquecimento da vacina após a última dose. A pesquisa foi feita na Califórnia pelo Centro de Estudos de Vacinas Kaiser Permanente e publicada na versão on-line do New England Journal of Medicine.
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