Governo confirma relação entre zika vírus e epidemia de microcefalia
Para o governo brasileiro, não há mais dúvidas: o zika vírus é o causador da epidemia de microcefalia que atinge o país.
As suspeitas foram confirmadas no fim da tarde deste sábado pelo Ministério da Saúde, que informou ter comprovado a relação a partir do caso de uma criança nascida na região Nordeste, que é a mais afetada.
No Brasil todo, já são mais de 700 casos notificados em 160 municípios de nove Estados.
Em nota, o ministério afirmou que "o Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika."
A partir dos exames dessa bebê, que acabou não resistindo e morreu, o governo confirmou a relação entre o vírus e a microcefalia.
"Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial", afirmou o governo.
Isso porque a correlação entre o zika e a microcefalia não havia sido confirmada anteriormente. Na Polinésia Francesa, autoridades estão pesquisando a ligação, já que também houve casos de má-formação cerebral em fetos e recém-nascidos após a epidemia de zika que atingiu o território entre 2013 e 2014.
Aedes
Como o zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, responsável também pela dengue, o governo declarou que pretende reforçar, "o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti".
A nota do Ministério da Saúde informa também que ainda há muitas questões a serem esclarecidas sobre a transmissão do agente, sua atuação, infecção do feto, mas que análises iniciais mostrar que o period de maior vulnerabilidade para a gestante (e seu bebê) são os três primeiros meses de gravidez.